
Mortes em acidentes com motos crescem no Paraná
Dos mais de 2 mil acidentes registrados nas rodovias federais do Paraná de janeiro a abril, 40% envolveram motociclistas.
O número de mortos em acidentes envolvendo motos nas rodovias do Paraná cresceu 22% de janeiro a abril deste ano. Nos primeiros quatro meses do ano, 45 motociclistas perderam a vida nas estradas federais do Estado.
O levantamento é da Polícia Rodoviária Federal e registra as ocorrências de 1º de janeiro até a última segunda-feira (28). No mesmo período do ano passado, 37 motociclistas haviam morrido em acidentes nas rodovias federais, alta de 21,6% no número de mortes.
A corporação também alerta para o número de acidentes e feridos no início de 2025. No período, foram 833 acidentes com motocicletas em 2025, frente a 785 no mesmo intervalo de 2024 — crescimento de 6%. Já o total de feridos também aumentou, passando de 907 para 962, uma elevação de 6,1%.
As motocicletas seguem entre os modais mais vulneráveis no trânsito. A combinação de alta exposição do condutor e práticas de risco, como excesso de velocidade, ultrapassagens indevidas e falta de equipamentos de proteção, agrava os índices de letalidade nesse tipo de ocorrência, conforme a PRF.
“Os acidentes de moto geram um pesado ônus social no Brasil, tanto em vidas perdidas quanto em gastos públicos. Além da tragédia humana, há custos diretos expressivos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e impactos indiretos na economia e na Previdência Social decorrentes dessas ocorrências”, destaca a corporação.
Estudos indicam que, em países de renda média como o Brasil, os acidentes de trânsito consomem de 3% a 5% do PIB nacional – e como cerca de 60% dos sinistros viários envolvem motocicletas, o peso financeiro dos acidentes com motos para a sociedade brasileira é enorme. No caso das rodovias federais do Paraná em 2025, quase 40% dos 2.296 acidentes registrados envolveram motocicletas.
“A PRF reforça a importância de um uso mais responsável das motocicletas. A maior parte dos acidentes estão relacionados diretamente com o excesso de velocidade”, completa a PRF.
No início de abril, um piloto de moto de alta potência morreu após uma colisão com outra motocicleta na BR-277 na Região Metropolitana de Curitiba. O homem de 30 anos havia sido orientado pela polícia há poucos meses sobre os riscos do excesso de velocidade.
O relatório da PRF também aponta para o risco do tráfego descuidado de motocicletas entre os veículos, prática conhecida como “corredor”. A maior parte das mortes registradas em 2025 (10) foram em ocorrências deste tipo, com o motociclista, em velocidade desproporcional para a situação, colidindo contra a traseira de veículo que efetua mudança de faixa.
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