Na prévia da inflação de junho, o café moído foi o segundo item que mais pesou no mês, depois da energia elétrica, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta semana.
No campo, a cotação média mensal do café arábica – o mais consumido e produzido no Brasil – caiu 17% em junho em relação a fevereiro, quando o preço bateu recorde na série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP).
A tendência é que a queda de preços no campo comece a chegar aos consumidores no segundo semestre, mas de forma lenta e gradual, ganhando intensidade em 2026 – ano para o qual se espera um crescimento maior da safra do Brasil.
Para o consumidor, o preço do café subiu 2,86% em relação a maio. No acumulado de 12 meses até junho, o produto encareceu 81,6%. Porém, segundo o IBGE, a inflação do café vem diminuindo o ritmo de alta desde março.
As cotações ao produtor começaram a recuar após o início da colheita no Brasil e com a expectativa de uma melhora na safra de países do Sudeste Asiático, como Vietnã e Indonésia. A baixa também é puxada por uma redução do consumo do café.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a queda das cotações é influenciada pela previsão de crescimento de 28% da safra atual de café robusta. Em relação ao ciclo anterior, a produção de café arábica deve cair 6,6% por conta das secas.
*com BandNews Curitiba.
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