Um levantamento binacional divulgado pelo Projeto Onças do Iguaçu, do ICMBio, apontou leve queda no número de onças-pintadas na fronteira entre o Brasil e a Argentina. Realizado em 2024, o censo identificou 84 animais no Corredor Verde da Mata Atlântica, número inferior ao registrado em 2022, quando foram contabilizados 93 onças-pintadas.
Apesar da leve queda, a população do maior felino das Américas se mantém relativamente estável estável na região, segundo o Projeto Onças do Iguaçu.
“A leve queda é um alerta, mas também uma prova de que esforços conjuntos e contínuos podem evitar retrocessos”, aponta Yara Barros, coordenadora do projeto.
No Parque Nacional do Iguaçu, 27 onças foram fotografadas no último ano, duas a mais que o censo anterior.
O censo, realizado a cada dois anos pelos projetos Onças do Iguaçu e Yaguareté (Argentina), foi o maior já feito, com uso de 267 armadilhas fotográficas em mais de 570 mil hectares de floresta.
Considerada uma espécie guarda-chuva, a onça-pintada tem um papel essencial para a manutenção do equilíbrio ecológico. Nos anos 1990, o Corredor Verde chegou a abrigar até 800 onças. A caça e a perda de habitat, no entanto, reduziram drasticamente a população para cerca de 40 indivíduos ao final da década, colocando a espécie em risco crítico de extinção. Deste então, estratégias de conservação e manejo contribuíram para o aumento populacional.
O próximo censo das onças-pintadas da região fronteiriça deverá ser feito em 2026.
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