O Presidente Trump ameaçou impor tarifas de 50% a todos os produtos brasileiros, o que gerou aflição e discussões intensas nas redes sociais. A turma está preocupada e isso se vê no WhatsApp, no YouTube, no X e outras redes.
Pretendia me manifestar sobre o tresloucado gesto do Presidente Trump, mas o editor deste periódico, um homem sábio e que conhece seus colaboradores, proibiu este escriba de falar sobre coisas sérias. Segundo o editor, só posso opinar após a terceira dose. Dele. O que me fez lembrar que na birosca que frequento a questão foi discutida por economistas de escol, que não envergonhariam Roberto Campos (Bob Fields para os íntimos). Apresso-me a trazer aos nossos leitores as informações colhidas junto a estes eminentes especialistas curitibanos.
O jornal Correio Braziliense conta que em Fortaleza, no Cabaré Thatys Drinks, frequentado pelo jet set internacional, um turista americano foi taxado em 50% ao final de uma noitada. A dona do cabaré incluiu a taxa em represália à tarifa americana. E fez questão de discriminar no recibo os bens consumidos. Ela não é muito boa de matemática, mas lá está: “Tarifa do Trump + 50% (cliente americano).” O cineasta Kleber Mendonça Filho (o festejado diretor premiado em Cannes) postou o recibo no X: “De olho na geopolítica”. O caso foi parar na delegacia, onde serão tomadas as providências devidas. Avante, brava gente cearense!
O exemplo cearense foi seguido em Porto Alegre, segundo noticia o site Terra. A proprietária de uma famosa casa noturna gaúcha, Carmen’s Club – também frequentado pelo jet set internacional e magnatas gaúchos – anunciou que passará a cobrar 50% a mais de americanos que forem à sua boate. Tia Carmen, como é carinhosamente conhecida, disse que a taxa é um “desaforo”. E acrescentou: “Se o Trump acha que pode nos taxar, então vamos cobrar mais do entretenimento dos americanos”. Viva a mulher gaúcha! Avante! A Pátria não pode esperar!
Já o jornal O Globo noticia que a Fundação Cacique Cobra Coral, presidida pela médium Adelaide Scritori, não gostou da trumpice. A Fundação é conhecida por prestar serviços meteorológico-mediúnicos e possui clientes famosos, como Roberto Medina, do Rock in Rio (o tempo seco durante os shows é obra da médium). Pois a Fundação mandou uma nota à Casa Branca, dizendo que reduzirá à metade os serviços espirituais que presta aos americanos. “Diante da decisão absurda acima contra o nosso Brasil, a presidente da Fundação Cacique Cobra Coral, Medium Adelaide Scritori, comunica a Casa Branca que, usando do Princípio da Reciprocidade, Suspende a partir de hoje em 50% a Assistência Climática sem ônus, a empresas da Califórnia, Chicago, Nova Iorque, California, Meio Oeste Americano, Florida e outros.”
Adelaide Scritori é do Norte do Paraná. Deve estar preocupada, pois os paranaenses sofrerão com as tarifas. Trump que se prepare: virão chuva, raios e trovões, e a médium não vai avisar.
E a Otília, a famosa animadora da noite curitibana? Se estivesse viva, com certeza se juntaria às suas irmãs.
É. A coisa está feia para Trump. As mulheres não gostaram. E sem elas, nenhuma tarifa vale a pena. Aliás, nada vale a pena.
- Hatsuo Fukuda, advogado e ex-procurador do Estado.
