As conversas de bastidores entre políticos – só entre eles – sobre a possibilidade de uma junção entre o governador Ratinho Junior e o senador Sergio Moro não passam, no momento, de tentativa improvável. Os dois políticos paranaenses têm perfis e histórias diferentes.
Enquanto o governador Ratinho Junior desempenha uma gestão firme no Paraná com a bandeira de centro-direita, que evita confusão e se mantém silencioso em tempos de polarização, Moro, embora de Maringá, vem de outro mundo.
Moro quer protagonismo. Porém, passou da toga para os holofotes da Lava Jato e acabou na solidão no Senado. De símbolo da ética, perdeu força na política ao se envolver em alianças frágeis e em traições que políticos que se prezam não aceitam.
Sergio Moro deseja o apoio de Ratinho Junior para se aventurar na candidatura ao governo do Estado do Paraná e Ratinho Junior talvez precise do apoio de Moro em nível nacional, já que com o protagonismo da Lava Jato, acabou ficando conhecido.
Há, no entanto ruídos nesta sinfonia. Dentro de casa, ou seja, no Palácio Iguaçu e na Assembleia Legislativa, à exceção de poucos, como o deputado estadual, Mauro Moraes – ninguém quer o senador.
A vaidade de Moro está acima do patamar de Ratinho Junior e bem abaixo de potenciais candidatos da base do governo, como Guto Silva, Alexandre Curi e Rafa Greca.
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