O Athletico foi o clube que menos arrecadou com contratos de transmissão na TV e streaming em 2024, entre os clubes que disputaram a Série A do Brasileirão: R$ 30 milhões. O valor representa quase dez vezes menos que os R$ 292 milhões embolsados pelo Flamengo, líder no ranking de receitas.
A disparidade na arrecadação com direitos de transmissão, parcialmente explicada pela diretoria athleticana abdicar da exibição das partidas no pay-per-view do Grupo Globo (Premiere) – além da diferença de alcance comercial entre Athletico e Flamengo -, expõe um impasse na criação da liga nacional de clubes, projeto que pretende unificar a gestão do Campeonato Brasileiro a partir de 2027.
O jornalista Marcel Rizzo, do Estadão, revela em sua coluna deste sábado (19) que um documento contendo as diretrizes comerciais da nova competição foi enviado aos 40 participantes das Séries A e B em 2025. Apesar de pelo menos 30 se mostrarem favoráveis aos termos, não houve unanimidade. Flamengo, Corinthians e Palmeiras, três dos que mais faturam no Brasil, não assinaram.
Uma das principais divergências é justamente a regra que limitaria a diferença de receitas de TV em até 3,5 vezes. medida rejeitada pelo Flamengo, que se opõem à divisão mais equilibrada dos valores.
Sem consenso, o projeto da liga segue travado, apesar do apoio da CBF e da maioria dos clubes.
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