Aos olhos de quem observa a evolução no transporte de passageiros de Curitiba, o ônibus chinês, movido a eletricidade, que desembarcou esta semana na capital paranaense é mais um sinal de que o metrô curitibano continuará no papel onde foi desenhado em 1969.
Não é novidade. Curitiba sempre foi referência em mobilidade urbana. O sistema trinário, os corredores exclusivos e os ônibus biarticulados projetaram a capital paranaense para o mundo como exemplo de inovação.
Porém, o tempo foi passando e a frota envelheceu e hoje a cidade e região metropolitana enfrentam gargalos de eficiência e modernização, embora este setor seja uma das prioridades do prefeito Eduardo Pimentel que a cada dia busca novas soluções como o caso, agora, do ônibus chinês.
Este ônibus, apresentado pelo governador Ratinho Junior e pelo prefeito Eduardo Pimentel, dará um sopro de esperança e oportunidade para que Curitiba retomar esse protagonismo.

Como disse o secretário das Cidades, Guto Silva, que esteve presente na apresentação do ônibus, trata-se de um veículo silencioso, limpo e tecnológico. Para ele, que teve a oportunidade de ligar o motor, o veículo é um passo importante para um transporte público sustentável.
Guto Silva ressaltou que o modelo representa um salto tecnológico. “O Paraná é reconhecido como um dos estados mais inovadores e sustentáveis do Brasil, e um dos pioneirismos é justamente na adoção de modelos de transporte eficientes. Estamos investindo muitos recursos nas cidades, melhorando a qualidade de vida e promovendo novidades que podem colaborar com o desenvolvimento econômico”.

Como também tem ressaltado o prefeito Pimentel, o transporte coletivo de Curitiba precisa de investimento contínuo.
O veículo foi fabricado pela CRRC Corporation, na China, e chegou ao Brasil (Porto de Paranaguá) em agosto. Após a apresentação, ele será montado em uma garagem por técnicos da empresa. A expectativa é iniciar os testes e as viagens em novembro. O valor da passagem será R$ 5,50, o mesmo do ônibus metropolitano. O tempo de viagem também não muda.