A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal retoma hoje o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados por tentativa de golpe de Estado. A sessão desta quinta-feira (11) será iniciada com o voto da decana da Corte, a ministra Cármen Lúcia, e a tendência é pela confirmação de maioria pela condenação dos réus.
Vale lembrar que, em junho de 2023, a ministra foi responsável por consolidar a maioria que tornou Bolsonaro inelegível, em julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ontem, o ministro Luiz Fux abriu divergência e votou pela absolvição de Bolsonaro e os outros cinco réus: Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); e Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa.
Por outro lado, Fux sustentou a condenação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e quem delatou o ex-presidente e cúpula do governo anterior, e Walter Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa de 2022, pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O voto do ministro durou quase 13 horas.
O placar do julgamento está 2 a 1 pela condenação de Jair Bolsonaro. A maioria de votos pela condenação ou absolvição ocorrerá com três dos cinco votos do colegiado.
Após Cármen Lúcia, o último a votar será o presidente da Primeira Turma do Supremo, o ministro Cristiano Zanin.
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