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A hora e a vez de Ratinho Junior rumo ao Palácio do Planalto

A desistência de Tarcísio de Freitas (Republicanos) do páreo presidencial embaralha o jogo da direita e abre espaço para um novo nome: Ratinho Junior (PSD). O governador do Paraná, até agora discreto no cenário nacional, começa a ser visto como alternativa viável para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026.

O movimento tem lógica. Tarcísio era o “plano A” do bolsonarismo, mas a resistência em se lançar e o peso de administrar São Paulo esfriaram sua pré-candidatura. Bolsonaro segue desgastado e sua família — Michelle, Eduardo ou Flávio — não decola nas pesquisas.

Nesse vácuo, Ratinho Junior sobe na cotação e pode virar a aposta da direita moderada, com discurso menos radical e imagem de gestor.

As pesquisas confirmam o espaço. No levantamento Atlas/Bloomberg, Lula venceria Tarcísio em eventual segundo turno por 50,6% a 45,2%. Já na Quaest, divulgada nesta quinta-feira (18), o presidente lidera em todos os cenários testados, mas a vantagem sobre Ratinho Junior é de apenas 12 pontos (44% a 32%) — um desempenho considerável para quem ainda é pouco conhecido fora do Sul.

E aqui entra um detalhe nada desprezível: a força do sobrenome. No Norte e no Nordeste, onde Ratinho Junior ainda não fincou bandeira política, o carisma midiático do pai — o apresentador Ratinho — pode funcionar como passaporte inicial de popularidade. Um trunfo que outros governadores, como Romeu Zema e Ronaldo Caiado, simplesmente não têm.

Cenários testados pela Quaest:

Lula x Ciro Gomes: 40% x 33%

Lula x Tarcísio: 43% x 35%

Lula x Bolsonaro: 47% x 34%

Lula x Michelle Bolsonaro: 47% x 32%

Lula x Eduardo Bolsonaro: 47% x 29%

Lula x Eduardo Leite: 45% x 26%

Lula x Ratinho Junior: 44% x 32%

Lula x Romeu Zema: 45% x 32%

Lula x Ronaldo Caiado: 46% x 31%

Outro dado relevante: 59% dos eleitores acham que Lula não deveria disputar a reeleição. Apenas 39% defendem sua candidatura, e, caso o presidente abra mão, o preferido hoje é Geraldo Alckmin, citado por apenas 9% — sinal de que o campo governista ainda carece de um nome forte para a sucessão.

Em resumo, Ratinho Junior pode estar diante da chance de ouro de sua carreira. Se Tarcísio recuar, o jogo da direita se redesenha. E, nesse tabuleiro, o governador paranaense pode deixar de ser coadjuvante para se tornar protagonista.

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