Cumprir a Lei da Aprendizagem é uma exigência para empresas de médio e grande porte, mas também uma oportunidade de incluir jovens no mercado de trabalho e desenvolver futuros profissionais. Especialistas explicam que, com alguns cuidados, esse processo pode ser conduzido de maneira simples e estratégica.
Essas companhias devem reservar entre 5% e 15% de seus cargos para jovens aprendizes, com idade entre 14 e 24 anos. O contrato tem duração máxima de dois anos e inclui tanto a prática na empresa quanto a formação teórica em instituições qualificadas. Para pessoas com deficiência, não há limite de idade, e o contrato pode ser adaptado para garantir inclusão e desenvolvimento profissional.
Benefício para todo mundo
Além de usufruírem de encargos trabalhistas reduzidos e benefícios fiscais, as empresas têm a oportunidade de formar profissionais qualificados e alinhados à sua cultura organizacional , aumentando a retenção de talentos.
“É possível falar em investimento quando se trata de jovens aprendizes, porque é, de fato, uma ação de retorno, inclusive em termos de reputação corporativa” , afirma Francine Simão, coordenadora de Gente e Gestão do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE/PR).
Para que a integração entre empresas e aprendizes seja eficiente, contar com apoio especializado faz toda a diferença. “Acreditamos em inserir jovens de forma prática e segura, transformando a contratação em um investimento estratégico. É uma maneira de renovar talentos, alinhar a formação à realidade do mercado e, ao mesmo tempo, gerar impacto social, preparando novas gerações para os desafios do futuro”, complementa.
Um exemplo disso é a Truck Center, empresa de manutenção e reparação de veículos pesados e vans em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. A companhia mantém uma parceria de mais de 20 anos com o CIEE/PR. Segundo José Roberto Ransolin, gerente administrativo, “os programas de aprendizagem e estágio têm sido fundamentais para o nosso crescimento. Hoje, cerca de 25% do nosso quadro é composto por aprendizes e ex-estagiários que chegaram por meio do CIEE/PR e evoluíram para funções estratégicas”.
O gestor destaca que a possibilidade de formar talentos internamente, alinhados à cultura e às necessidades da empresa, contribui diretamente para esse resultado, tornando o programa não apenas uma obrigação legal, mas um investimento estratégico e socialmente relevante.
Não é preciso fazer nada sozinho
Por meio do Programa Aprendiz, o CIEE/PR seleciona e encaminha os jovens para as empresas, ministra a parte teórica do curso de aprendizagem — que acontece em paralelo ao trabalho — e garante a conformidade legal em relação às cotas, jornada e atividades permitidas. Podem participar jovens de 14 a 24 anos incompletos, matriculados e frequentando a escola (ensino médio); para pessoas com deficiência, não há limite de idade. No ano passado, mais de 13 mil jovens foram atendidos pelo programa.
“Em resumo, o CIEE/PR conecta empresas e jovens, cuida da parte burocrática e pedagógica e assegura que a contratação aconteça dentro da lei, trazendo benefícios para ambos os lados”, explica Francine.
Confira algumas orientações práticas para começar:
- Facilite a contratação: conte com o apoio de entidades que fazem toda a intermediação do processo.
 - Organize os contratos: a lei prevê duração de até dois anos, com regras específicas que simplificam a gestão.
 - Aproveite os incentivos: encargos reduzidos e segurança jurídica garantem economia e tranquilidade.
 - Invista em formação: os programas unem teoria e prática, ajudando a desenvolver profissionais preparados para o futuro.
 
Sobre o CIEE/PR
Há 58 anos, o Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE/PR) atua para promover a integração da comunidade ao mercado de trabalho como agente transformador. Por meio de programas de estágios e aprendizagem, cursos de capacitação e cidadania e programas sociais, a instituição contribui para o desenvolvimento econômico e social do Estado.
Junto com diversas entidades e empresas privadas, o CIEE/PR está presente nos 399 municípios do Paraná de forma física e online, e conta com 39 unidades físicas em cidades do Estado. Já recebeu cerca de 30 títulos de Utilidade Pública Municipal, possui dezenas de registros nos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente e também nos Conselhos Municipais de Assistência Social, condição essencial para cumprir o propósito de trabalhar para fortalecer o desenvolvimento humano e social. Ao longo de cinco décadas de atuação, o CIEE/PR contribuiu para a inserção e aperfeiçoamento técnico e profissional de quase 2 milhões de beneficiados.
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