A Prefeitura de Curitiba apresentou nesta sexta-feira (19) o novo modelo de concessão do transporte público. Desenvolvido em parceria com o BNDES, o projeto prevê a modernização do sistema, com novas rotas, integração temporal total entre linhas e investimento em ônibus elétricos.

O edital da nova concessão deve ser publicado em novembro e o leilão está marcado para janeiro de 2026, na B3, em São Paulo.

A nova modelagem de concessão será dividida em cinco lotes, dois deles de BRTs e três regionais, nos eixos Norte, Sul e Oeste. Já a Linha Turismo terá uma licitação a parte. O valor de remuneração estimado para os cinco lotes é de R$ 18 bilhões, com contrato de 15 anos.

“A nova concessão terá valor praticamente igual à atual, com custo de cerca de R$ 1,1 bilhão por ano, mas com um sistema de transporte moderno, sustentável, mais eficiente e que vai trazer muitos benefícios, como ampliação da integração entre linhas, novos índices de qualidade e aumento da frota e do conforto dos usuários”, afirma o prefeito Eduardo Pimentel.

O modelo de concessão prevê investimentos de R$ 3,7 bilhões, incluindo a aquisição de 245 ônibus elétricos nos próximos cinco anos, além de veículos a diesel Euro 6. A frota operacional será ampliada de 1.189 para 1.234 ônibus e os novos veículos virão equipados com câmeras de monitoramento e ar-condicionado.

Também estão previstas a construção de dois eletropostos públicos, nos terminais Capão Raso e Capão da Imbuia, a requalificação de estações-tubo e a criação de novas linhas.

Tarifa congelada em R$ 6 e integração temporal

Entre as principais novidades apresentadas está a integração temporal irrestrita, que permitirá aos passageiros de ônibus trocar de linha em qualquer ponto durante um período determinado, sem pagar nova passagem. Hoje, 65% das viagens já ocorrem com algum tipo de integração, principalmente em terminais.

De acordo com a Urbs, responsável pelos ônibus de Curitiba, a tarifa ao usuário deve se manter próxima dos atuais R$ 6. O valor da passagem ficará congelado durante o período de transição entre os contratos, estimado em até dois anos.

O sistema de transporte público curitibano conta atualmente com 309 linhas, 22 terminais, 329 estações-tubo e movimenta 555 mil passageiros que pagam passagem por dia útil.

Os estudos da nova concessão também contemplam a futura integração do VLT Curitiba, em análise para ligar o Centro Cívico ao Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais.

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