A Itaipu Binacional e o Itaipu Parquetec desenvolveram o primeiro barco 100% movido a hidrogênio verde do Brasil. A primeira navegação ocorreu no reservatório da Itaipu, junto à barragem, nesta terça-feira (7).
Segundo o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, o projeto une duas vertentes importantes da atuação da empresa: a inovação e a responsabilidade socioambiental.
“A inovação tecnológica é uma grande marca de Itaipu nos seus mais de 50 anos. E, com esse barco, temos algo que o mundo inteiro está buscando, que é um meio de transporte que não polui e que, em Belém, vai ajudar os trabalhadores e trabalhadoras que atuam com material reciclável”, afirmou Verri.

A entrega oficial da embarcação acontecerá durante a COP30, em Belém. O projeto faz parte de um conjunto de iniciativas da Itaipu como parte dos investimentos do governo do Brasil na organização da Conferência Mundial do Clima, da ONU.
“Este projeto que será apresentado na COP demonstra a capacidade da Itaipu de contribuir com novas tecnologias para o enfrentamento da mudança climática, especialmente no que diz respeito à transição energética, necessária para frear as emissões de gases de efeito estufa”, completou o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni.
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Além de obras estruturantes em Belém, a Itaipu tem uma parceria com a prefeitura municipal e com a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), da Universidade Federal do Pará (UFPA). O convênio prevê ações de educação ambiental e de estruturação da coleta seletiva na capital paraense, com o apoio a quatro cooperativas de catadores da cidade.
O barco ficará sob responsabilidade da Fadesp, que irá monitorar tanto seu uso na coleta seletiva quanto o abastecimento com hidrogênio verde, que está em produção na universidade, além de utilizá-lo em pesquisas.
O barco
A embarcação foi desenvolvida aproveitando a experiência de mais de 10 anos da produção de hidrogênio verde no Itaipu Parquetec. Com 1,5 ton e capacidade de carga de 9 ton, o barco é de alumínio, com 9,5 m de comprimento por 3 m de largura. Conta com um sistema fotovoltaico integrado complementar. A embarcação não emite ruídos nem poluentes. O único resíduo do motor a hidrogênio é água pura.
Para o diretor superintendente do Itaipu Parquetec, Irineu Colombo, o barco reflete o papel do parque de reunir diversas frentes de pesquisa aplicada em um ecossistema inovador, voltado à promoção da sustentabilidade. “É uma tecnologia que alguns países já estão desenvolvendo e nós temos condições de ajudar o Brasil a acelerar seu uso em barcos, caminhões, ônibus e até aviões”, garantiu.
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