O Paraná é o segundo maior produtor de soja do Brasil e para a safra 2025/2026 que está sendo implantada, a previsão é de ser mais robusta que a anterior, conforme previsões do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agriclultura e Abastecimento (Seab).
Em 2024, a produção do estado foi de 21 milhões de toneladas, ficando atrás apenas do Mato Grosso. Apesar de ser o segundo, o Paraná tem um papel fundamental na produção nacional, respondendo por uma parcela significativa da safra brasileira.
Mesmo com previsões de safra recorde novamente, atingindo uma área de plantio de 5,79 milhões de hectares, o que representa aumento de 0,6% sobre os 5,75 milhões de hectares do ciclo anterior, o que preocupa os produtores rurais, é o tempo. A chuva não tem vindo da maneira esperada, conforme as previsões dos institutos meteorológicos. Até o momento, com mais de um mês de início do período do plantio de soja, cerca de 30% das áreas foram plantadas no Estado.
O engenheiro agrônomo do IDR-PR região de Maringá, Silvio Ferrari, disse que até este final de semana, entre 40 e 50% das áreas de plantio da região já foram semeadas, 20% delas já emergidas e o restante em estado de emergência. “É imprescindível a chegada de chuvas para que essas lavouras que estão emergindo possam se estabelecer da melhor forma possível. Os produtores que ainda não iniciaram o plantio, a recomendação é que não o façam neste momento. Esperem a chegada das próximas chuvas, para que o plantio seja feito da melhor forma possível, pois ainda estamos no período preferencial de plantio. É possível aguardar mais alguns dias”, disse.
Nas regiões mais tradicionais de produção da oleaginosa no Paraná, Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste, a janela de plantio iniciou a partir de 1º de setembro, quando terminou o vazio sanitário da ferrugem asiática e o plantio deve ser realizado até 31 de dezembro.
Clima
A previsão é que o tempo dê uma mudada neste domingo (12) com o avanço de uma frente fria pelo Paraná. As instabilidades deverão ter início nas regiões Oeste e Sudoeste, deslocando-se em direção ao nordeste e alcançando as demais áreas do estado ao longo do dia. Esse sistema favorecerá chuvas intensas e tempestades severas, com chuva forte, rajadas de vento em torno de 70 km/h, muita incidência de raios e possibilidade para queda pontual de granizo em todas as regiões. Acumulados superiores a 50 mm são esperados, especialmente na metade oeste do estado, segundo o Simepar.
Devido a escassês hídrica, a safra de soja pode ter sua produção comprometida em algumas regiões, mas ainda não há nenhuma afirmação concreta sobre isso.
As chuvas que caíram até o momento foram importantes para as sementes já semeadas, mas se o cenário de crise hídrica se prolongar e as temperaturas atingirem valores muito altos, pode ser prejudicial para a germinação.
