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Chuvas e perdas no campo: Saiba o que fazer para garantir seus direitos!

Por Mariane Reis

As fortes chuvas que atingiram o Paraná e Santa Catarina nas últimas semanas deixaram um cenário preocupante: lavouras inundadas, pomares destruídos, criações perdidas e estruturas comprometidas. Em meio ao prejuízo, muitos produtores ainda não sabem por onde começar — e acabam perdendo prazos e direitos importantes.

A primeira atitude é agir rápido.

Antes de replantar, limpar ou descartar o que restou da lavoura, o produtor deve comunicar imediatamente o sinistro ao banco, à seguradora ou ao Proagro (no caso de operações de crédito rural).

Essa comunicação é o que garante a vistoria técnica e, com ela, o direito à indenização. Sem essa etapa, o pedido pode ser negado.

Há também alternativas para aliviar o impacto financeiro.

Normas do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil permitem prorrogar parcelas de crédito rural — tanto de custeio quanto de investimento — quando há comprovação de perdas por eventos climáticos.

Produtores podem ainda contar com o apoio de cooperativas e órgãos públicos, que frequentemente disponibilizam linhas de crédito emergencial, assistência técnica e suporte documental para reconstrução e regularização das atividades.

Nessas horas, informação é poder.

Buscar orientação jurídica especializada faz toda a diferença para garantir que cada direito seja preservado e que o produtor possa recomeçar com segurança e respaldo legal.

No campo, a força para recomeçar nasce também da segurança jurídica.
Estamos acompanhando de perto essa situação e podemos ajudar produtores a entender e exercer seus direitos diante das perdas.

Mariane Reis é advogada especialista em Direito do Agronegócio, Tributário e Aduaneiro, com atuação voltada à orientação jurídica de produtores rurais e empresas do setor. Fundadora de escritório em Curitiba (PR), é palestrante em temas ligados à tributação do agronegócio, sucessão no campo, governança e sustentabilidade rural.

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