Cidadania para Bolsonaro ‘esquenta’ sessão na Câmara de Apucarana

Debates acalorados e intervenções do público provocaram a sessão mais “quente” deste ano na Câmara Municipal de Apucarana, na noite desta segunda (2). Para conseguir manter a ordem no recinto a presidência determinou inclusive a retirada de um professor que insistia em manifestação opinião revoltada.

Proposto pelo vereador Adan Lenharo (DC), o projeto de lei número 29 que concede Cidadania Honorária para o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, foi aprovado em primeira discussão por 9 votos favoráveis e 2 contrários.

O vereador-autor justificou a homenagem elencando os programas econômicos promovidos pelo então presidente, principalmente durante o difícil período de pandemia. Citou inclusive o grande número de empregos que foram mantidos na cidade ao posicionamento firme de Bolsonaro que também fez bons programas e como destaque a criação do PIX. E completou, mesmo com o ex-presidente estando inelegível, que se ele vencer as próximas eleições Apucarana terá as portas abertas na administração federal.

Na opinião de vereadores que votaram contrariamente, uma homenagem tem que incrementar e estimular orgulho, não divisão: “Não ajuda nada e acende uma fogueira que já deveria ter sido apagada”; “Não ajuda em nada a economia de Apucarana”. Também consideraram que é um título que não ajuda em nada e acende uma fogueira que deveria ter sido apagada há muito tempo”.

Vereador que votou contra, Moisés Tavares lembra que a homenagem poderá repetir o que aconteceu com o deputado petista André Vargas: como ele foi preso “precisaram” tirar o título. Também disse “Ter dificuldade em engolir alguém que homenageia a ditadura até por respeito às famílias dos jovens daqui de Apucarana que foram vitimados pelo regime, as famílias do José Idésio Brianezi e de Antonio dos Três Reis”.

*por Henri Jean Viana, de Maringá.