Não são raros os dias em que acontecem acidentes em rodovias paranaenses, sejam federais ou estaduais. A maioria desses acidentes está relacionado à imprudência dos condutores de veículos, principalmente os de transporte de cargas. Mas existem, também, sérios problemas com manutenção e falta de duplicação de grande parte da malha paranaense.
Um mapeamento das condições das rodovias paranaenses começa a ser feito nesta segunda-feira (30) pela Federação das Empresas de Transportes de Cargas (Fetranspar). Serão percorridos uma extensão de 6.639 quilômetros de rodovias em todas as regiões do Paraná.
A pesquisa é nacional e, em todo o Brasil serão 114.500 quilômetros avaliados, um acréscimo de mais de 2 mil quilômetros em relação ao levantamento realizado em 2024.
Com os dados coletados será possível “subsidiar estudos para que políticas setoriais de transporte, projetos privados, programas governamentais e atividades de ensino e pesquisa resultem em ações que promovam o desenvolvimento do transporte rodoviário de cargas e de passageiros”, explica o presidente da entidade, coronel Sergio Malucelli.

Da sede da Federação os pesquisadores iniciarão uma maratona de até 30 dias passando por todas as regiões do Estado, por onde irão coletar as características e avaliar a qualidade das rodovias pavimentadas. Entre os itens estão, pavimento (condição da superfície e do acostamento), sinalização, faixas adicionais e laterais, visibilidade e legibilidade das placas) e geometria da via (tipo de rodovia, curvas perigosas, presença de acostamento).
Retrato do levantamento 2025
No ano passado a Pesquisa CNT de Rodovias trouxe alguns dados expressivos sobre a malha viária paranaense. Em relação aos acidentes, por exemplo, foram identificados 7.568, 237 a menos que no ano anterior. Porém, esses acidentes foram mais violentos: em 2024, 607 pessoas perderam a vida em estradas federais, sendo que no levantamento anterior o número apontava para 560 vítimas fatais. Os custos estimados dos acidentes – 2024 em rodovias federais no Paraná foi de 1,62 bilhão. A malha apresentou inúmeros pontos críticos e a estimativa de investimentos em ações emergenciais girou na casa dos R$ 6,86 bilhões.