Começam a pipocar, aqui e ali, pesquisas de intenções de votos para as eleições que serão disputadas em 2026. São sondagens nitidamente sugeridas e/ou encomendadas por marqueteiros de campanhas que estimulam seus candidatos a abrirem sorrisos a cada pesquisa divulgada.
Exemplo maior dessa prática no Paraná, hoje, é o levantamento do ego e tipo “já ganhou” do pré-candidato ao governo estadual pelo União Brasil, o senador Sergio Moro. O governador Ratinho Junior (PSD) só acompanha da janela do terceiro andar do Palácio Iguaçu, pois somente ele pode, nos dias atuais, indicar um nome com probabilidades de vencer o pleito. Isso respaldado por sua aceitação, mais de 80% dos eleitores paranaenses.
Em uma das salas da Secretaria do Meio Ambiente, o campeão de votos em Curitiba, o ex-prefeito Rafael Greca (do mesmo partido do governador) apenas sorri sarcasticamente a estas pesquisas “encomendadas”. Guto Silva, secretário das Cidades e outro pré-candidato, concentra-se em seu trabalho duro para acolher as demandas das comunidades.
O deputado Alexandre Curi, presidente da Alep, encara com cautela esses movimentos e continua, na sua toada, conquistando a simpatia do eleitorado. É neto de peixe e sabe como fazer política. Ele aguarda para desenhar a sua sondagem apenas no início do ano. Até lá, os marqueteiros de Moro terão um longo caminho e mais dezenas de pesquisas pela frente. Dinheiro jogado no lixo.
Na esfera nacional, embora o governador paranaense Ratinho Junior tenha sido citado em alguns levantamentos espontâneos, as peças do quebra-cabeça só serão ajustadas com a definição do caso Jair Bolsonaro, que está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal (STF). Condenado ou não, o ex-presidente – fora ou na cadeia – terá peso significativo no pleito ao Palácio do Planalto. Poderá perder força, mas tem seguidores que farão muito barulho.