Reportagem publicada pelo Estadão neste final de semana mostra que o senador Sergio Moro (UB), pré-candidato ao Governo do Estado do Paraná, tem provocado dissidências de prefeitos do Progressistas. Pelo menos 18 gestores municipais eleitos no último pleito deixaram a federação União Brasil e Progressistas.
Sua campanha de marketing contra o governo federal tem lhe rendido uma série de possíveis represálias e retaliações. Também entrou na mira do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou varredura em seu antigo escritório na 13 Vara Federal de Curitiba quando foi juiz e prendeu Lula.
Moro acabou provocando uma debandada de prefeitos do Progressistas (PP), liderados pelo deputado federal Ricardo Barros, dentro da Federação União Brasil e Progressistas. Reportagem publicada no Estado mostra que dos 61 prefeitos eleitos no ano passado, 18 deixaram a sigla desde a oficialização da federação.
As baixas sinalizam que os gestores do PP preferem seguir aliados ao grupo político do PSD, do governador Ratinho Júnior, do que embarcar na pré-candidatura de Moro. O ex-juiz da Operação Lava Jato lidera as pesquisas de intenção de voto, mas enfrenta rusgas dentro da federação e do próprio partido para se lançar ao Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense.
Ouvido pela reportagem do Estado, o secretário de Cidades do Paraná, Guto Silva, também pré-candidato ao Governo do Estado nega qualquer tipo de pressão sob os gestores municipais.
“Esses prefeitos tinham uma vinculação muito forte com o governo e não queriam ser entregues de bandeja a um projeto que não é deles. Antes, PP e União Brasil estavam juntos com o governador”, disse Guto ao Estadão. “Não teve pressão. Todos receberam recursos do Estado”.
Além do secretário, concorre à nomeação o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Alexandre Curi (PSD), o secretário de Sustentabilidade, Rafael Greca, o diretor-geral da Itaipu, Ênio Verri e o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara.