HomeDESTAQUEFacada nas costas, narrativas e vítimas da traição

Facada nas costas, narrativas e vítimas da traição

Aos poucos, o senador Sergio Moro (UB) vai fazendo gols contra em sua aspirante carreira política. Depois de ter sido recebido com tapete vermelho no Podemos, não durou, traiu o partido e se filiou ao União Brasil.

Agora, a também aprendiz de política, Cristina Graeml, parece ter encontrado no manual do ex-juiz federal a receita pronta para carreira política: entrar num partido com toda pompa, posar para fotos, colher aplausos e, na primeira esquina, dar as costas para quem a recebeu.

No Podemos, chamaram de festa de boas-vindas; no dicionário, ainda se chama traição.

No Paraná, virou tendência no Podemos: políticos entrarem com pompa, flashes, discursos emocionados — e depois saírem de fininho, como quem esqueceu as chaves em outro partido.

Sérgio Moro inaugurou o estilo: chegou como salvador da pátria, foi tratado como joia rara, e no primeiro tropeço, evaporou. Agora, Cristina Graeml segue a coreografia. Tapete vermelho, pose de renovação, meia dúzia de falas inspiradas… e tchau. Tudo isso sem nem esquentar a cadeira.

É curioso como alguns chamam isso de “estratégia”. Outros, com menos paciência, preferem o termo “oportunismo barato” — aquele que se disfarça de plano político, mas na prática só revela vaidade e conveniência.

Se Moro foi o protótipo, Cristina é a produção em série: muda o nome, repete o roteiro. E o partido? Fica com o papel ingrato de palco descartável para quem só quer os holofotes do ato de entrada.

MAIS LIDAS

ÚLTIMAS