No Paraná, uma forte corrente de deputados da própria base do governador Ratinho Junior, está se movimentando em relação à sucessão no Palácio Iguaçu. Longe dos microfones e das transmissões oficiais, líderes partidários estiveram em um jantar na residência do deputado Moacir Fadel onde, na presença do governador, manifestaram preocupação com os ventos que sopram em direção ao futuro comandante do terceiro andar do cobiçado palácio.
Fontes que estavam presentes sustentam que o jantar motivou os deputados a destacarem a atuação do presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Alexandre Curi (PSD) que, hoje, mantém relações políticas com os 399 municípios paranaenses e parceria com os parlamentares da casa. Não se trata de recado ao governador, mas pedido de reflexão.
Após o jantar, reuniões reservadas, telefonemas discretos e promessas de apoio a Alexandre Curi parecem que cruzam gabinetes e corredores do Palácio Iguaçu. O verdadeiro jogo político se desenrola nas conversas de porta fechada. Cada gesto calculado, cada aceno de apoio carrega uma negociação silenciosa, onde interesses se sobrepõem a ideologias e o pragmatismo dita o ritmo das alianças.
Neste vai e vem, deputados articulam apoios e testam lealdades, num cenário em que o que vale não é o discurso de palanque, mas o acerto feito à sombra dos holofotes.
A preocupação dos deputados manifestada no jantar é a de que “o preferido pode virar o escolhido”.