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Guerra urbana no Rio de Janeiro

A maior e mais letal operação policial contra facções criminosas e tráfico de drogas foi realizada nesta terça-feira (28), no Rio de Janeiro. A batalha resultou em 64 mortes, sendo 60 suspeitos criminosos e quatro policiais – dois civis e dois militares, 81 prisões e apreensão de 93 fuzis.

A escalada provocou pânico na segunda maior metrópole do País e cartão de visita para turistas do mundo todo.

O dia foi marcada por confrontos intensos entre forças de segurança e grupos criminosos, e também por disputas territoriais entre facções e milícias. Estiveram nas favelas do Complexo do Alemão e da Penha, cerca de 2.500 agentes.

As forças de segurança, que miravam integrantes do Comando Vermelho, encontraram barricadas com carros e ônibus e lançamento de bombas com drones.

O que os policiais encontraram foram grupos fortemente armados, estrutura paramilitar e de milícia.

O Rio de Janeiro continua imerso em um ciclo de violência que muitos classificam como uma verdadeira guerra urbana. Esta operação foi mais uma das dezenas que são realizadas por ano nas regiões onde predominam o narcotráfico.

Apesar das diversas estratégias de segurança pública implementadas ao longo dos anos, incluindo as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no passado, o cenário de insegurança persiste e se agrava.

Nas favelas e comunidades mais vulneráveis, os tiroteios são rotina, forçando moradores a viverem sob constante tensão, com escolas fechadas, postos de saúde inacessíveis e a paralisação do comércio.

Nesta terça-feira, o pânico se espalhou por toda a cidade, onde pessoas se acotovelavam para pegar trem e metrô para se dirigirem às suas casas. As vias de acesso à zoa sul também ficaram congestionadas e as pessoas agachadas atrás dos veículos com medo de balas perdidas.

As pessoas sofrem. A cidade sofre e a imagem internacional da cidade acaba sendo abalada, afugentando o turismo.

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