HomeDESTAQUEInfidelidade eleitoral tem segunda temporada no Paraná

Infidelidade eleitoral tem segunda temporada no Paraná

O governador Ratinho Junior (PSD) tem que colocar um galho de arruda atrás das orelhas e plantar palmas em seu quintal de casa. Todo mundo de olho gordo no seu potencial de votos para as eleições de 2026 que passam de 85% no Estado.

Ao tentar se aproximar do governador Ratinho Junior, o senador Sergio Moro (UB), que, segundo “fontes palacianas praticou infidelidade eleitoral na campanha à Prefeitura de Curitiba”, agora se fantasia de cordeiro, não para se redimir, mas para continuar se alimentando do rebanho. De olho na transferência de votos do líder.

Sergio Moro, aquele que se vendia como paladino da moralidade, hoje desfila como protagonista do mais clássica traição partidária: o cidadão que jurava independência agora virou dependente do colégio eleitoral que antes demonizava.

A criatividade política não tem limites. O estelionato eleitoral se transforma em manual. Quando percebe que a maré virou, lá vem ele encarnando a Madalena arrependida. Um espetáculo digno de novela mexicana: lágrimas de crocodilo.

No caso de Moro, que venceu as eleições para o Senado, sustentando na campanha que tinha o apoio de Ratinho Junior, e que, na realidade, o governador apoiava Paulo Martins, se trata de mais uma tentativa de surfar descaradamente no potencial de votos de Ratinho Junior para chegar ao Palácio Iguaçu.

Descobriu que bater não rende votos, mas fingir arrependimento pode render cadeiras e cargos. É a metamorfose da conveniência: ontem o inimigo era o mal encarnado, hoje tenta não se afogar no mar de rejeição.

O arrependimento não manda recado e tem endereço certo: a urna. Nada de crise existencial, nada de mudança de valores, mas a cara de pau mais bem polida da República. E assim, sem o menor pudor, o ex-inimigo de ontem se transforma no aliado conveniente de hoje, surfando com prancha do potencial de votos do adversário.

O recado do governador Ratinho Junior é curto e grosso: “vou apoiar o candidato do meu partido, o PSD, não importa qual for”.

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