Ao compararmos as ações e atitudes do presidente americano, Donald Trump e do ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, podemos chegar à conclusão de que são almas gêmeas. Trump, um Agente Laranja da geopolítica global e Bolsonaro na versão tropical.
Se Trump duvida da eleição americana, Bolsonaro faz o mesmo por aqui. Se Trump quer acabar com o Pix, Bolsonaro quer acabar com o IBGE, com o Enem, com a vacina, com a lógica.
São conectados na essência, na repulsa ao conhecimento, na antipatia à ciência, no desprezo pela imprensa e na tentativa constante de transformar o debate público em guerra de memes. São líderes que não lideram. Apenas inflamam.
Trump voltou à cena mundial com convicção absoluta de que o mundo inteiro deve girar em torno do seu umbigo dourado. Seu novo alvo é o Brasil — mais precisamente, o Pix. Isso mesmo: o sistema de pagamento que virou orgulho nacional virou “ameaça” na cabeça do ex-presidente americano. E por quê? Porque lá ainda se paga taxa pra transferir 10 dólares entre bancos.
Esse Agente Laranja por onde passa intoxica o debate público e deixa um rastro de caos. No Vietnã, o agente laranja era um veneno. Na política internacional, ele atende por outro nome: Trump.
Que fique claro: o Pix é nosso. O Brasil é nosso.