O resultado das eleições internas do PT tem dois vencedores: Arilson Chiorato e deputado Zeca Dirceu. O deputado federal, filho de José Dirceu, enfrentou uma parada dura nos dois turnos quando concorreu contra três candidatos – Arilson Chiorato, Tadeu Veneri e Hermes Leão, além das principais lideranças do petismo no Paraná, como a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Márcia Lopes (Mulheres) e o presidente da Itaipu Binacional, Enio Verri.
Zeca Dirceu venceu no primeiro turno e, no segundo turno, fez 8.374 votos contra 8.687 do deputado Arilson Chiorato (reeleito) – uma diferença de 313 votos (3,6%) contados até 97,82% da apuração. Ao lado de Zeca Dirceu, o deputado Renato Freitas.
O deputado federal mobilizou a militância e fez do Paraná o estado em que a disputa foi mais acirrada, a despeito do que avaliavam as lideranças do petismo. Segundo ele, conseguiu colocar ainda em pauta, problemas graves enfrentados pelo partido: falta de comunicação interna, desmobilização da setorial, falta de democracia interna e isolamento dos diretórios municipais das médias e pequenas cidades.
Os apoiadores de Zeca Dirceu vão recorrer nas instâncias do partido por supostos fraudes apontadas durante a votação de domingo, 27. Afirmam que, pelo menos, em 10 municípios, encontram-se sob suspeita. “Só consideramos os resultados do PED no Paraná após o julgamento, em última instância, dos pedidos de impugnação, que evidenciam irregularidades graves”, afirma Joaquim Ribeiro, representante da chapa “O PT mais Perto de Você”.
Todas documentadas em vídeos, atas, testemunhos, fotos e, em algumas cidades, até com Boletim de Ocorrência (BO) registrado. “Grave, triste e precisamos dar um basta nesse tipo de irregularidade para que isso não ocorra mais”, aponta Ribeiro. “Confiamos na decisão da Nacional. Não passarão! Esse tipo de prática não cabe no PT que queremos”, argumenta.