O secretário das Cidades, Guto Silva, acredita que a justiça paranaense autorize, nos próximos dias, a desapropriação do terreno onde fica o Estádio do Pinheirão, em Curitiba. Com a liberação, “esperamos iniciar ainda este ano as obras para construir o Centro de Convenções que vai colocar o Paraná na rota dos grandes eventos internacionais”, disse.

Esta grandiosa obra, que deverá transformar Curitiba e os bairros do entorno do abandonado estádio, também alavancará o desenvolvimento da construção civil da região metropolitana, como Pinhais e Piraquara.
Quem acompanha de perto a tramitação do processo de desapropriação é o mercado imobiliário de Curitiba que está em franca em expansão. Segundo informações da Confraria Imobiliária de Curitiba, a última perícia judicial avaliou o terreno em R$132 milhões, valor acima do previsto pelo governo. A área, com 124 mil m², localizada no bairro Tarumã, está sem uso há 17 anos e dará lugar a um moderno Centro de Convenções, com capacidade para até 25 mil pessoas, e um complexo comercial com setor hoteleiro e boulevard com restaurantes.
Com o projeto da construção do Centro de Convenções, a expectativa é que a região do bairro Tarumã tenha grande valorização imobiliária e comercial. Segundo levantamento do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR) feito no início de julho, o Tarumã tem um dos preços mais baixos para aluguel de Curitiba, com valor de R$19,24 por metro quadrado. Esse cenário deve mudar assim que a questão judicial do Complexo Esportivo do Pinheirão chegar ao fim.
Carlos Eduardo Canto, presidente da Confraria Imobiliária de Curitiba, prevê que o desfecho desse episódio traz novas possibilidades para o mercado imobiliário. “O Pinheirão está em uma área muito importante de Curitiba e, independente da construção do Centro de Convenções, o bairro se tornará uma região comercial, principalmente na Avenida Victor Ferreira do Amaral. Obviamente, com a chegada desse espaço de eventos, além do Tarumã, bairros vizinhos e também o município de Pinhais terão grande valorização e, automaticamente, investimentos”, afirma.