O IPCA-15 apresentou alta de 0,46% no mês de junho em Curitiba. Conforme dados do IBGE, o indicador da capital paranaense ficou 0,20 ponto percentual acima da taxa nacional, que foi de 0,26% para o período. Em todo o País, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta.
A maior variação e impacto veio da habitação, principalmente pelo aumento na taxa de água e esgoto. Brasília lidera o ranking, com crescimento de 4,43% a partir de 1º de junho. Em seguida, aparece Curitiba, com elevação de 3,70% a partir de 17 de maio, e Recife, com aumento de 3,33%, a partir de 26 de abril.
O economista Daniel Poit detalha que a elevação nesse setor é preocupante, já que não é possível negociar.
“O IPCA traz alguns pontos de preocupação, principalmente ao cidadão curitibano, uma vez que o índice se elevou muito e está próximo a 0,5%. Se projetarmos isso para um ano, nós estamos diante de uma inflação de mais de 6% na cidade. Os índices que subiram mais são os ligados à habitação, que os consumidores não têm muito como negociar, o preço da energia, água e esgoto e também os preços dos aluguéis que seguem em elevação”, explica.
Por outro lado, após nove meses consecutivos de alta, o grupo alimentação e bebidas apresentou recuo de 0,02%. Contribuíram para esse resultado as quedas do tomate (-7,24%), do ovo de galinha (-6.95%), do arroz (-3,44%) e das frutas (2,47%).
Os itens que tiveram alta no mês de junho foram a cebola (9,54%) e o café moído (2,86%). Outro grupo que apresentou variação e Curitiba tem destaque é transportes, que reflete a gratuidade concedida aos domingos e feriados. A taxa ficou em 5,08% em junho.
Para o economista, diante desse cenário, a dica é controlar os gastos.
“A receita é aquela de sempre, buscar economizar no que for possível, negociar e fazer pesquisas para encontrar melhores ofertas. Ao mesmo tempo, ter consciência de que uma inflação tão elevada acaba impactando diretamente no poder aquisitivo das pessoas e reduz a capacidade de consumo, de compra e de pagamento de dívidas”, completa.
Em junho, a capital paranaense ficou com na terceira maior variação entre as capitais pesquisadas, ficando atrás de Recife (0,66%) e Brasília (0,65%). Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 16 de maio a 13 de junho e comparados com o período anterior. O indicador é referente às famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas de Curitiba e outras 10 capitais.
*com BandNews Curitiba.
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