
Gastos com alimentação sobem pelo sétimo mês seguido em Curitiba
Em março, o grupo ‘alimentação e bebidas’ foi responsável por cerca de 38% da inflação na capital paranaense.
Os gastos com alimentação subiram pelo sétimo mês consecutivo em Curitiba e Região Metropolitana. Em março, a alta foi de 1,43%. Porém, o boletim elaborado pelo curso de economia da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), aponta elevação acumulada de 8,36% nos últimos sete meses. Em março, o grupo ‘alimentação e bebidas’ foi responsável por cerca de 38% da inflação na capital paranaense.
As altas do tomate (39,39%), do café em pó (12,14%) e do ovo de galinha (9,50%) responderam por 21% do aumento no período. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Curitiba, oito registraram inflação no último mês. Eles foram: alimentação e bebidas (1,34%), transportes (1,00%), vestuário (1,65%), habitação (0,38%) e despesas pessoais (0,41%).
O pequeno impacto negativo ficou por conta do grupo saúde e cuidados pessoais (-0,13%). O economista e coordenador da pesquisa, Jackson Bittencourt, destaca que nos últimos 12 meses, a alta dos alimentos foi superior a 10% em Curitiba. Fatores como a elevação do dólar e da taxa de câmbio influenciaram diretamente nos preços.
“Nós importamos sementes, defensivos agrícolas, fertilizantes, algumas peças de máquinas e implementos agrícolas são importadas, então a cadeia produtiva de alimentos no Brasil tem um componente em dólar bem significativa. O dólar subindo, é como se o custo de produção também subisse. E conforme a commoditie, em especial café, soja, o produtor brasileiro prefere exportar, e o câmbio é um dos grandes vilões”, explica.
A expectativa é que o preço dos alimentos tenha uma melhora nos próximos meses.
“A previsão da safra é muito boa para esse ano e em especial de grãos, como soja e milho. Com uma safra de soja melhor, a tendência é que o óleo de soja também tenha redução no preço, e isso impacta em ração. Então possivelmente a gente tenha uma melhor nos preços do frango, carnes. E com um clima mais ameno, a expectativa é que se tenha um impacto menor nas safras e safrinhas”, avalia.
No cenário nacional, em dez regiões metropolitana pesquisadas, as maiores inflações foram registradas em Curitiba (0,76%) e Porto Alegre (0,76%). A menor foi em Fortaleza (0,32%. Em todo o País, a alta no período foi de 0,56%.
*com BandNews Curitiba.
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