Quase 100 mil trabalhadores de Curitiba não moram na Capital. Isso é o que revela um estudo de Gestão do Território, divulgado nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento tem como base os dados de 2021 e representa um aumento de 1,9% em relação aos números de 2012.
Segundo o IBGE, 99.072 profissionais que trabalham em estabelecimentos como lojas, fábricas, agências bancárias, entre outros, encontram-se nessa situação. Segundo o especialista em planejamento e gerenciamento de trânsito Hugo Martins Pereira, este movimento é algo histórico.
“A gente tem o fenômeno de evolução das cidades. Quando você tinha o desenvolvimento da região metropolitana, poucas possuíam algum tipo de polo industrial, com exceção de São José dos Pinhais e Araucária que já concentravam algumas indústrias. Mas, de forma geral, havia pouca concentração industrial, forçando as pessoas a buscar essa ocupação em Curitiba”, explica.
O especialista também afirma que este fenômeno é um importante objeto de estudo quando o assunto é planejamento de cidades.
“A própria Amep (Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná) faz esse trabalho de tentar equilibrar melhor e ter um planejamento urbano estruturado e integrado. Isso é extremamente importante e vai auxiliar esse crescimento”, completa.
Curitiba ocupa a 10ª posição deste ranking e fica atrás apenas dos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Barueri, Fortaleza, Porto Alegre, Osasco e Itajaí.
De acordo com o IBGE, os números são importantes para a medição do porte das ligações empresariais entre as cidades, que indica o número de sedes e filiais de empresas distribuídas em diversos municípios.
Em relação aos centros de gestão, Curitiba se destaca no ranking nacional como um dos principais polos, ao ocupar a 5ª posição, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.
*com informações da BandNews Curitiba.
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