
Agências orientam turistas sobre novas regras para entrada na Argentina
Turistas brasileiros que desejarem visitar o país vizinho vão precisar contratar um seguro médico.
Turistas que desejarem viajar à Argentina precisarão de seguro médico. A obrigatoriedade foi anunciada pelo presidente Javier Milei nesta semana e entra em vigor após publicação no Diário Oficial do país vizinho, o que não tem data certa, mas deve acontecer nos próximos dias.
A medida faz de uma nova política migratória do governo argentino, que prevê novas regras para ingresso e permanência de estrangeiros, com restrições principalmente no acesso a serviços públicos. Diante do cenário, agências de turismo do Paraná já se adaptam.
De acordo com Marcos Souza, proprietário da agência curitibana Marvin Turismo, turistas que já estão com viagem marcada para o país, mas sem seguro, já foram procurados pela empresa para a nova orientação. Ele ressalta que a obrigatoriedade ainda não consta nos sistemas oficiais, mas que a indicação é já garantir a proteção.
“Já fizemos contato sobre o seguro com as pessoas que temos viagem marcada, inclusive pessoas que viajam na segunda-feira. Mas, nos sistemas, em geral, nenhum ainda fala sobre a obrigatoriedade. O que eu recomendo é que façam o seguro independentemente de constar nos sistemas a obrigatoriedade ou não”, observa.
O empresário também avalia que a exigência não deve causar grandes impactos, uma vez que o seguro médico é uma prática comum em viagens internacionais.
“Vários destinos já pedem o seguro, Europa já pede há muito tempo, nos Estados Unidos não é obrigatório, mas altamente necessário, e as agências já recomendam e vendem. O seguro hoje é muito normal de se adquirir”, completa.
De acordo com o governo argentino, o objetivo com as novas regras é preservar a viabilidade do sistema público de saúde e reduzir os gastos com atendimento médico a estrangeiros. Em 2024, conforme dados oficiais, esses atendimentos ultrapassaram os 114 bilhões de pesos argentinos de custo para o governo.
Outras mudanças para turistas são a proibição de ingresso de pessoas com condenações criminais de qualquer natureza, além da determinação que imigrantes que cometerem crimes em solo argentino sejam deportados. Outros anúncios foram de que residentes temporários, em trânsito ou em situação irregular terão que arcar com os custos de serviços públicos de saúde e de educação superior.
No caso de universidades públicas, está autorizada a cobrança de mensalidades de estrangeiros que não possuam residência permanente. O direito, assim como a cidadania argentina, ficará condicionado a comprovações financeiras mais rígidas, como investimentos relevantes ou renda estável, além da exigência de ficha criminal sem registros.
De acordo com o último balanço divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, mais de 90 mil brasileiros residiam na Argentina em 2022.
*com BandNews Curitiba.
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