
Hospital Universitário de Maringá reduz recusa na doação de órgãos
Com apenas 14% de recusa, O HU apresenta taxa inferior à média estadual de 24% e três vezes menor do que a nacional, com 45%.
No Hospital Universitário de Maringá, no Norte do Estado, o processo de doação de órgãos tem se destacado por uma taxa significativamente baixa de recusa entre os familiares abordados, com apenas 14% rejeitando o ato. Conforme a instituição, o resultado reflete um trabalho cuidadoso de acolhimento e esclarecimento realizado pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, com suporte integral às famílias desde a chegada ao hospital até o momento de decisão.
Um exemplo que ilustra a generosidade e o impacto desse processo é o de Roseli Placedina Pires. Em 2007, após perder seu único filho, Alex, em um acidente de motocicleta, Roseli e seu marido, Mario Alves Pires, enfrentaram a difícil decisão sobre a doação de órgãos. Apesar da dor, o casal não hesitou em autorizar a doação, demonstrando altruísmo e esperança de salvar outras vidas. “Para onde ele vai, junto de Deus, não vai precisar”, afirma Roseli.

O hospital maringaense adota uma abordagem onde o acolhimento sensível das famílias e o esclarecimento de mitos desempenham papel fundamental. Dúvidas como a possibilidade de realizar velório com caixão aberto são comuns e, muitas vezes, desmistificadas pela equipe multidisciplinar, que inclui médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais. Esse trabalho prévio facilita o entendimento das famílias e contribui para um processo consciente e humanizado de decisão.
A história de Roseli também reforça como gestos de solidariedade podem transformar vidas. Anos após doar os órgãos do filho, ela se viu na posição oposta, necessitando de um transplante de rins para sobreviver. A nova chance de vida que recebeu a motivou ainda mais a compartilhar sua experiência e conscientizar sobre a importância da doação. Hoje acompanha o marido, que é Capelão, em hospitais de Maringá, levando conforto e fé às pessoas em momentos de fragilidade.
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