Cidades
Ministério Público pede volta de Jorge Guaranho para a cadeia
Foto: Reprodução/Redes sociais

Ministério Público pede volta de Jorge Guaranho para a cadeia

Condenado, Guaranho cumpre prisão domiciliar após a Justiça aceitar o pedido de habeas corpus feito pela defesa, alegando problemas de saúde.

Rafael Nascimento - terça-feira, 18 de fevereiro de 2025 - 08:12

O Ministério Público do Paraná (MPPR) recorreu da decisão judicial que concedeu prisão domiciliar ao ex-policial penal Jorge Guaranho, condenado pelo assassinato do ex-tesoureiro do PT Marcelo Arruda.

Na última semana, o Tribunal do Júri de Curitiba decidiu pela condenação de Guaranho a 20 anos de prisão por homicídio doloso duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum, em regime fechado.

Ele já cumpria prisão domiciliar e foi preso novamente na última quinta-feira (13), após o júri popular.

O Tribunal de Justiça do Paraná aceitou o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Jorge Guaranho, alegando problemas de saúde e autorizou o ex-policial a cumprir prisão domiciliar. Ele deixou o Complexo Médico Penal, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, no sábado (15).

Recurso do Ministério Público

No recurso enviado à 1ª Câmara Criminal do TJ-PR, nesta segunda-feira (17), o Ministério Público ressaltou que “as evidências do alto grau de belicosidade latente do paciente, externada de forma iniludível ante a gravidade do crime praticado”, e que não cabe justificativa à prisão domiciliar, “principalmente quando a violência perpetrada tem relação direta com aspectos de ordem pessoal/comportamental que não mudam do dia para a noite”.

Os promotores também disseram que o tratamento médico pode ser realizado no estabelecimento prisional.

“Não se constata que o paciente esteja extremamente debilitado – como se observa dos vídeos veiculados na mídia que captaram sua entrada e/ou saída do fórum, bem como do vídeo de seu interrogatório em plenário – ou impossibilitado de receber atendimento no estabelecimento prisional”, sustenta o MP.

Jorge Guaranho “estava sendo medicado e acompanhado por profissional da saúde ao tempo em que permaneceu enclausurado”, completa o Ministério Público.

Tesoureiro do PT é morto por policial bolsonarista

Marcelo Arruda foi morto por Jorge Guaranho no dia 9 de julho de 2022 enquanto comemorava seu aniversário de 50 anos com amigos e familiares em Foz do Iguaçu. A festa tinha como tema o Partido dos Trabalhadores e o presidente Lula.

Foto: Reprodução/Redes sociais

Segundo as investigações, Jorge Guaranho, apoiador declarado de Jair Bolsonaro, invadiu a comemoração e iniciou uma discussão com a vítima. O ex-policial penal voltou ao local cerca de 10 minutos depois, armado, e disparou contra Marcelo, que revidou usando a arma que carregava por ser guarda municipal.

Marcelo Arruda chegou a ser socorrido, mas, não resistiu aos ferimentos. Ele deixou três filhos e a esposa.

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