
Ponte da Amizade: servidores da Receita iniciam operação-padrão
De acordo com os sindicatos dos auditores e analistas, a fiscalização com rigor redobrado continuará até sexta-feira (23).
Os Auditores-Fiscais da Receita Federal estão intensificando a fiscalização em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, a partir desta quarta-feira (21), como parte da greve que já dura 176 dias. A mobilização ocorre devido à falta de uma proposta concreta do governo para atender às reivindicações da categoria, incluindo o reajuste do vencimento básico e mudanças no cálculo do bônus de eficiência.
A operação-padrão será realizada nos principais pontos de fronteira com o Paraguai e a Argentina, como a Ponte Internacional da Amizade e a Ponte Tancredo Neves. Essa ação poderá impactar o fluxo e o tempo de liberação de mercadorias, afetando a arrecadação tributária e o combate a ilícitos. Além disso, a fiscalização será intensificada no Centro Integrado de Fronteira de São Borja (RS) e no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.
A greve também conta com adesões de Auditores-Fiscais de diversas regiões do país, incluindo aqueles que atuam na Fiscalização e nas Delegacias de Julgamento da Receita Federal. A expectativa é que o governo apresente uma proposta concreta na próxima reunião de negociação.A manifestação é encabeçada pelo Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal em Foz do Iguaçu e pelo Sindicato dos Analistas Tributários.
Prevista para durar até sexta-feira (23), a operação-padrão consiste em uma fiscalização com rigor redobrado. Como resultado, a passagem pela aduana brasileira fica lenta, aumentando as filas já habituais na Ponte da Amizade.
O que os servidores da Receita querem
Os servidores reivindicam a recomposição das perdas salariais acumuladas desde 2016 e melhorias nas condições de trabalho. A pauta inclui, ainda, a contratação de mais servidores para locais como a Ponte da Amizade, pois já há sobrecarga.
“Em Foz do Iguaçu, não há auditores e analistas suficientes sequer para suprir a atual demanda, realidade que tende a piorar com a abertura da nova ponte de ligação com o Paraguai, sem previsão de reforço de quadro funcional”, argumentam.
“Esse cenário compromete a fiscalização aduaneira, a arrecadação tributária e o combate a ilícitos”, denunciam os sindicatos, em nota enviada à imprensa.
Além da Ponte da Amizade, a manifestação acontece em locais como a Ponte Tancredo Neves, na fronteira com a Argentina.
“Lamentamos profundamente os transtornos, mas reiteramos que a mobilização é necessária para garantir o reconhecimento das carreiras e a preservação da Receita Federal como instituição de Estado”, afirmam os sindicatos.
Trânsito na Ponte da Amizade
Às 10h, havia congestionamento acima da média na Ponte da Amizade, com lentidão nos sentidos Paraguai e Brasil. A fila de motociclistas na aduana brasileira, sentido Foz do Iguaçu, chamava atenção de quem passava a pé pelo local.
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