Projeções do Ipardes indicam que, em 2050, a média dos municípios paranaenses chegará em 29,8% de pessoas idosas, totalizando 3.697.683 habitantes. Entre as 399 municipalidades, 272 estarão com percentual acima da média estadual. Ao mesmo tempo, outras 44 cidades têm perspectiva de contar com 40% de sua população com idade superior a 60 anos. O estudo acena que esse envelhecimento acentuado estará presente em municípios com menos de 10 mil habitantes e localizados nas regiões norte e noroeste.
A população de pessoas idosas no Paraná cresceu nada menos do que 134% entre o censo do IBGE de 2000 e o de 2022. Passou de 809.431 para 1.893.120, em processo de envelhecimento da população que se explica pelo aumento da expectativa de vida no Paraná, que estava em 72,2 no começo do século e chegou a 75,4 em 2022. O fenômeno se estende a todo o Brasil.
No censo do IBGE de 2022 o País contava com quase 38 mil pessoas com 100 anos ou mais (0,018% da população geral), o que representa aumento de 66,7% em comparação com a pesquisa de 2010, quando havia cerca de 22,7 mil centenários. O Paraná, por sua vez, tinha em 2022 nada menos do que 1.299 habitantes com 100 anos ou mais, aumento de 39% em relação a 2010, quando contava com 933 centenários.
Ainda de acordo com o Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Sociais), em termos proporcionais, a participação de pessoas idosas na população total do Paraná passou de 8,5% para 16,5% nesse período de 22 anos. A transformação está fortemente impactada pela queda do número de nascimentos observado no passado recente. Em 2022, fora, 140.635 nascidos vivos, contra os 179.373 registrados no ano de 2000
Taxas de mortalidade
O envelhecimento populacional carrega ainda uma outra característica marcante: ocorre de forma mais intensa entre as mulheres. Assim, representarão 56% das pessoas idosas na perspectiva até a metade deste século. Isso ocorre porque homens, comparativamente as mulheres, tendem a ter maiores taxas de mortalidade, principalmente às relacionadas a causas externas (violência e acidentes de trânsito), nas idades entre 15 a 30 anos de idade.
Tal cenário apresenta uma transição demográfica avançada no conjunto do Estado, tanto pela ótica da melhoria da qualidade de vida, quanto pelos desafios nas demandas do mundo do trabalho e da oferta de serviços.
Em reforço a tais projeções, a Organização Mundial da Saúde prevê que o número de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a 2 bilhões até 2050, o que representa um quinto da população mundial. Já em 2016 o Brasil detinha a quinta maior população idosa do mundo e, em 2030, o número de pessoas com mais de 60 anos ultrapassará o total de criança entre zero e 14 anos. No Paraná, as projeções indicam que a marca será alcançada já em 2027.
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