
Extensionistas do IDR-PR monitoram cigarrinha do milho nas lavouras do noroeste
Praga pode comprometer até 100% da plantação se métodos de manejo falharem.
O Paraná encerrou o plantio de milho segunda safra numa área aproximada de 2,6 milhões de hectares e tem previsão de produção próxima a 15,9 milhões de toneladas, de acordo com técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Mas as projeções podem mudar dependendo do fator clima e de pragas, que podem comprometer o desenvolvimento das plantas, como por exemplo, a cigarrinha do milho. Essa praga é um inseto minúsculo, quase imperceptível e de coloração branco palha, que lembra muito a mosca-branca.
Os danos causados pela cigarrinha podem chegar a comprometer até 100% da plantação, caso ela se alastre e contamine plantas saudáveis.
De acordo com o extensionista do IDR-PR, Sergio Loni, do escritório de Paiçandu, na região noroeste, o primeiro passo é o que está sendo feito agora nas lavouras do município. Através de armadilhas espalhadas em meio às lavouras em várias áreas, os profissionais procuram conhecer as características da praga, para fazer o manejo correto.
“Nessa época a gente tá mais voltado a fazer o monitoramento da incidência da cigarrinha no milho. A gente vai até o campo e faz a coleta nas armadilhas expostas em áreas da unidade e faz todo o acompanhamento técnico e presta assistência do produtor pra monitorar o inseto. Neste início, nossos estudos são para detectar onde há mais focos e o período onde ela vai provocar mais danos à planta, que vai desde a germinação até uns 50 dias”, disse Loni.
O extensionista ainda falou que a cigarrinha já está muito disseminada na região e deve acabar causando prejuízos aos produtores. “Ela vai causar uma redução na produtividade, ou seja, diminuir o potencial produtivo da planta”, completou.

Manejo
Nesse momento o trabalho é utilizar cultivares mais resistentes ao ataque da cigarrinha do milho e entrar com aplicação de defensivos para conter a população da praga.
Ainda estão sendo realizadas pesquisas para saber de onde vem a cigarrinha, mas ela também tem atacado plantações de cana-de-açucar e pastagens. Nas lavouras de milho, a praga começou os ataques com maior severidade a cerca de 3 anos. Elas estavam presentes mas não causavam tantos danos como registrado nas últimas safras.
A preocupação é constante devido ao estrago que essa praga provoca e os prejuízos que ela causa no campo. O IDR-PR infrmou que está acompanhando essa e outras pragas em todo o território paranaense, a fim de orientar e amenizar os problemas.
*por Amaro de Oliveira, de Maringá para o Paraná Portal.
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