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BRDE libera R$ 200 milhões para empresas paranaenses afetadas pelo tarifaço

O BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – vai liberar uma linha de crédito voltada às empresas paranaenses afetadas pelo tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, que entra em vigor nesta quarta-feira (6).

A instituição presente nos estados do Sul disponibilizou R$ 200 milhões em créditos emergenciais para empresas e cooperativas paranaenses exportadoras. O aporte é destinado para financiamento de capital de giro, com prazo de 5 anos, sendo um ano de carência, e taxa de juros de IPCA + 4%, menor do que a maioria das linhas de crédito disponíveis no mercado.

Conforme a instituição, cada empresa poderá financiar R$ 500 mil a R$ 10 milhões, dependendo do tamanho e atividade e do impacto sofrido nas exportações diante do tarifaço.

“As empresas devem comprovar que foram afetadas pelas tarifas, ou seja, devem ser exportadoras para os EUA, apresentar histórico de exportações ou indicar demissões ou férias coletivas”, detalha o BRDE.

A Fomento Paraná também vai atender empresas que tiveram prejuízo, mas com valores abaixo de R$ 500 mil, principalmente para microcrédito e créditos especiais para pequenos empreendedores. A instituição financeira tem R$ 200 milhões para aplicação em micro e pequenas empresas e também fará renegociações de empresas que comprovarem impactos da tarifa.

“O Governo do Paraná tem a missão de defender a economia e as nossas empresas. Estamos trabalhando diretamente com os setores atingidos para apresentar as medidas e esperamos que o governo brasileiro, via Itamaraty, consiga dialogar com os EUA para reverter essa posição ao longo das próximas semanas”, afirma o governador Ratinho Junior.

Impacto do tarifaço no Paraná

Confirmado pelos Estados Unidos na última semana, o tarifaço de 50% aos produtos brasileiros tem vigência a partir desta quarta-feira (6). A nova taxação afeta setores como os de madeira reflorestada, café, chá, carnes, couro, mel, móveis, peixes, cerâmica e erva-mate, que não entraram no rol das exceções.

De acordo com levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), considerando que os itens exportados pelo Estado aos EUA em 2024, apenas 2,7% estão lista de exceções (US$ 42,4 milhões de um total US$ 1,59 bilhão). No Brasil, segundo cálculos realizados pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (AMCHAM), a lista de exceções abrange 43,4% das exportações nacionais (US$ 18,4 bilhões de um total de US$ 42,3 bilhões). Nenhum dos principais produtos do Estado foi contemplado nas exceções.

A Secretaria da Fazenda segue avaliando a totalidade dos impactos e dialogando com os setores e as federações para prestar todo o apoio necessário.

“Esse é um momento delicado da economia e as empresas terão apoio total do Poder Público Paranaense”, garante o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara.

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