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Mercados emergentes podem compensar perdas com tarifaço no Paraná

s mercados emergentes podem ajudar o Paraná a compensar perdas causadas pelo tarifaço dos Estados Unidos. É o que aponta um estudo elaborado pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap). 

O levantamento – baseado em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – identificou dez mercados emergentes que apresentam crescimento mensal relevante nas importações de produtos paranaenses. 

A lista inclui países da Ásia e da América Latina, com destaque para a China que é o destino de quase metade das exportações do estado. Entre os principais itens exportados para o país asiático no primeiro semestre estão soja (US$ 2,9 bi), carnes e miudezas comestíveis (US$ 313 milhões) e pastas químicas de madeira (US$ 91 milhões). 

Para se ter uma ideia, enquanto o último estudo publicado pela Faciap alertou que US$ 735 milhões em exportações para os EUA estavam em risco, a nova análise de fluxos comerciais do primeiro semestre do ano revela que US$ 3,5 bilhões já fluem para a China. 

O valor é cinco vezes superior às vendas americanas. O presidente da Faciap, Flávio Furlan, destaca a importância das empresas se abrirem para os novos mercados.

“Em toda crise se abrem oportunidades. Nós já temos conversas com várias embaixadas de países do Oriente Médio, da África e Ásia, no sentido de que temos produtos à disposição. O mundo interior está se realocando no que diz respeito a essa taxação dos Estados Unidos”.

A Argentina também se destaca como grande parceiro comercial do estado, com US$ 878 milhões negociados no período. Os principais produtos importados pelo país vizinho foram automóveis de passageiros (US$ 234 milhões), tratores (US$ 76 milhões) e autopeças (US$ 70 milhões). Outros importantes parceiros são a Colômbia, Índia e Argélia. 

Segundo o levantamento, o agronegócio paranaense mantém forte resiliência nos mercados internacionais. Já o setor madeireiro tem presença limitada nos mercados emergentes, aparecendo apenas com pastas químicas na China e em pequenos volumes em outros destinos.

O estudo recomenda políticas públicas específicas para aproveitar o momento e facilitar acesso a crédito para expansão em novos mercados, missões comerciais para países emergentes identificados e programas de capacitação para adequação de produtos às demandas de possíveis novos mercados em expansão, como países asiáticos e africanos.

*com BandNews Curitiba.

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