Levantamento divulgado pela Genial/Quaest nesta quarta-feira (8) indica que a aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao melhor patamar de 2025.
Conforme a pesquisa, 49% dos brasileiros desaprovam a gestão do petista, enquanto 48%, aprovam. Com uma margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, os índices aparecem em empate técnico.
Em maio, a desaprovação dos brasileiros com a administração do país era de 57%, a maior no ano, enquanto 40% aprovavam o governo Lula, a menor no mesmo período.
Tarifaço, isenção do IR e anistia
O melhor índice de aprovação de Lula no ano ocorre em meio a negociação do governo brasileiro para o fim do tarifaço e a aprovação no projeto de lei que estabelece isenção no Imposto de Renda aos trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil.
Após breve encontro com Donald Trump na Conferência-Geral da ONU, Lula recebeu um telefonema do presidente americano, onde pediu o fim das tarifas de 50% aos produtos brasileiros exportados ao país. Os dois chefes de Estado têm estreitado a relação e devem voltar a se encontrar pessoalmente em breve.
Aprovado por unanimidade na Câmara dos Deputados, a redução do IR era uma promessa de campanha de Lula, e deve entrar em vigor já a partir de 2026. Sobre o projeto, 79% dos entrevistados aprovam a isenção, e 17% se mostram contrários.
A nova rodada da Genial/Quaest também mensurou o opinião dos brasileiros sobre a anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro. O levantamento aponta que 47% são contrários, enquanto 35% são a favor de anistia para todos, incluindo Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão no caso.
Ainda segundo a pesquisa, 63% são contra a PEC da Blindagem, projeto que previa autorização prévia das Casas Legislativas para abertura de ação penal contra parlamentares, enquanto 22% se mostraram favoráveis. Aprovado na Câmara, o projeto foi enterrado pelo Senado após forte pressão popular e protestos em várias cidades.
A Quaest ouviu 2.004 pessoas, pessoalmente, entre os dias 2 e 5 de outubro. O nível de confiança é de 95%.
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