O combate às enchentes e alagamentos que causam transtornos aos curitibanos, principalmente no anel central da cidade, terá um reforço: um projeto de lei que moderniza o sistema de controle e aprovado na Câmara Municipal.
A proposta da vereadora Laís Leão (PDT) inclui na política municipal de drenagem urbana mecanismos como os jardins de chuva que absorvem o excesso de água.

Segundo o projeto da vereadora, o “jardim de chuva” não é apenas um canteiro comum, mas, abaixo da vegetação são colocadas camadas de brita, terra, composto orgânico, que ajudam a filtrar a água escoada. A estrutura pode contar, também, com reservatórios para captar a água da chuva ou canos que direcionam o excedente até as galerias pluviais.
“Este projeto propõe uma guinada sustentável na forma como Curitiba enfrenta as mudanças climáticas. É entender que impermeabilizar o solo, cortar árvores, reduzir as áreas verdes da cidade, só aumentam o risco de enchentes e de sentirmos os efeitos dos eventos climáticos extremos”, afirma a vereadora.
Em regiões urbanas onde há muito concreto, asfalto, e poucas áreas verdes, a água da chuva cai no solo e, sem ter para onde escoar, inunda uma grande área. “A impermeabilização vai alagar o centro e a velocidade vai fazer chegar muito mais volume de água na periferia”, alerta a vereadora.
Assim que virar lei, o projeto dos Jardins de Chuva pode ser aplicado imediatamente – pelo poder público e pelo setor privado. Conforme a vereadora, a Associação Brasileira de Saneamento (Abes), sociedade de pesquisa, tem um projeto piloto de drenagem sustentável para ser aplicado em um CMEI de Curitiba. (com assessoria).