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Abelhas sem ferrão transformam escolas do Paraná em laboratórios ambientais

Iniciativa de educação socioambiental usa abelhas nativas para ensinar sobre biodiversidade

Escolas do Paraná utilizam abelhas sem ferrão como parte do aprendizado ambiental dos alunos.

Nas escolas estaduais do Paraná, as abelhas sem ferrão deixaram de ser apenas tema de aula para se tornarem protagonistas da aprendizagem. Em colégios como o Júlia Wanderley e o Leôncio Correia, em Curitiba, as colmeias instaladas nos pátios, nas árvores e até nas paredes viraram parte da rotina dos alunos. Entre as atividades incluídas estão a alimentação das colmeias, o estudo do comportamento das espécies e o equilíbrio da natureza.

Iniciativa de educação socioambiental

A proposta surgiu da Educação Socioambiental Interdisciplinar, que usa a criação de abelhas nativas para ensinar sobre biodiversidade e sustentabilidade. Segundo o professor Gabriel Portugal, do Colégio Estadual Leôncio Correia, o projeto mobiliza os alunos para a preservação ambiental. “Temos 12 caixas de abelhas na escola e já mapeamos seis colmeias que se desenvolveram naturalmente no terreno da escola”, detalha o professor, ressaltando a importância ecológica deste ecossistema.

Aprendizado prático

Os estudantes aprendem a cuidar das abelhas, manejar e alimentar no inverno, reconhecendo as espécies e perdendo o medo dos insetos. “Ano passado conseguimos fazer algumas divisões de enxames, e neste mês de outubro estamos começando estudos mais aprofundados sobre elas com nossas turmas”, conta Portugal. As abelhas, como as espécies Jataí, Mandaçaia e Mirim, habitam colmeias feitas de madeira e material reciclável, onde grupos de alunos as alimentam semanalmente.

Projetos de sustentabilidade

No Colégio Júlia Wanderley, a professora Rafaela Caroline Bartolamei destaca que as colmeias estão espalhadas pela instituição. “Estamos implantando o nosso Jardim de Mel, inspirado em ações governamentais, e esperamos avançar bem nesse projeto para o próximo ano”, afirma. Ambas as escolas fazem parte de uma rede crescente de instituições que desenvolvem projetos de meliponicultura educativa, com foco no protagonismo dos alunos.

Engajamento e resultados

As iniciativas incluem desde a instalação de jardins com plantas nativas até oficinas sobre polinização e reciclagem. O resultado é um aumento no engajamento estudantil e uma melhora no clima escolar, fortalecendo a educação ambiental como prática permanente. Atualmente, o Paraná tem mais de 30 espécies de abelhas nativas sem ferrão catalogadas, essenciais para a polinização da Mata Atlântica e a produção de alimentos.

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