HomeDESTAQUELula critica tarifaço e 'falsos patriotas' em discurso na ONU

Lula critica tarifaço e ‘falsos patriotas’ em discurso na ONU

Ao discursar na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou as sanções unilaterais dos Estados Unidos afirmando que o mundo assiste ao aumento do autoritarismo. 

“Assistimos à consolidação de uma desordem internacional marcada por seguidas concessões à política do poder. Atentados à soberania, sanções arbitrárias, intervenções unilaterais estão se tornando regra”, disse Lula, nesta terça-feira (23).

Lula se referia ao tarifaço determinado pelo governo de Donald Trump ao Brasil, com a taxação de 50% aos produtos nacionais importados pelos EUA. Ele também criticou as tentativas de interferência no Judiciário brasileiro, com cunho político.

Falsos patriotas e soberania inegociável

Em outro trecho do discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU, Lula afirmou que não há justificativa para “medidas unilaterais e arbitrárias” direcionadas a instituições e à economia brasileira.

“Não há justificativas para as medidas unilaterais e arbitrárias contra as nossas instituições e nossa economia. Agressão contra a independência do poder Judiciário é inaceitável. Essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema-direita subserviente e saudosa das antigas hegemonias”, completou Lula.

Em sua fala, Lula destacou que, pela primeira vez em 525 anos da história do Brasil, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentar contra o Estado Democrático de Direito. “Foi investigado, indiciado e julgado. Responsabilizado por seus atos em um processo minucioso. Teve amplo direito de defesa, prerrogativa que as ditaduras negam às suas vítimas”. 

“Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos autocratas e àqueles que os apoiam. Nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis”, afirmou.

Lula se referia à recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe e outros quatro crimes. Bolsonaro foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no início do mês e foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão.

*com Agência Brasil.

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