Cinco pedidos de arquivamento de representações por quebra de decoro parlamentar na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) foram protocolados pela Corregedoria da casa nesta quinta-feira (3). Mesmo sem a responsabilização dos vereadores envolvidos, a Corregedoria recomendou medidas para evitar o uso sensacionalista dos mandatos.

“O vereador deve ter consciência da responsabilidade inerente a cada fala na tribuna e a cada publicação nas redes sociais. Declarações precipitadas, sem embasamento técnico, podem gerar pânico na população, desacreditar e incentivar julgamentos equivocados sobre profissionais e instituições de saúde. A fiscalização não pode se transformar em espetáculo político ou ser utilizada como ferramenta de autopromoção, pois a desinformação e o sensacionalismo geram danos irreparáveis à sociedade”, repreendeu Sidnei Toaldo, em um dos documentos.

Uma das propostas prevê a criação de um protocolo interno de conduta para vistas e fiscalizações parlamentares, com o intuito de coibir abordagens abruptas e registros de imagens para autopromoção. A avaliação da necessidade de regulamentar o uso das redes sociais institucionais e pessoais de agentes públicos, quando vinculadas a ações parlamentares, foi recomendada pelo corregedor à Câmara de Curitiba.

Uma das motivações para tal proposta foi a análise de uma representação contra o vereador João Bettega (União), feita pelo ex-prefeito Rafael Greca. Na ocasião, Greca acusou o parlamentar de invadir espaços de saúde e assistência, sem autorização, e gravar imagens como forma de conteúdo para redes sociais.

*com BandNews Curitiba.

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