As intenções do senador Sergio Moro (UB) em governar o Paraná deve passar, primeiro, por um filtro de honestidade nas pessoas que estão ao seu lado. Exemplo é o próprio presidente do partido, Antonio Rueda que, segundo o jornal Metrópoles, estaria sendo investigado pela Polícia Federal. A Operação Carbono Oculto, da PF, apura casos de infiltração da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) nos setores financeiro e de combustíveis.
Segundo apurou o Metrópoles, a Polícia Federal (PF) investiga a informação de que Rueda seria dono oculto de jatos executivos, que estão formalmente em nome de terceiros e de fundos de investimento.
As aeronaves são operadas pela empresa Táxi Aéreo Piracicaba (TAP), a mesma que seria usada por dois dos principais investigados na Carbono Oculto: Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, e Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, dono da refinaria Copape.
A Táxi Aéreo Piracicaba é uma empresa conhecida no mercado da aviação privada e já prestou serviço para vários políticos com mandato.
Uma das aeronaves, o Cessna 560XL de matrícula PRLPG, está em nome de uma empresa ligada a um fundo de investimento chamado Bariloche Participações S.A. A aeronave está em nome de uma empresa chamada Magik Aviation, que tem o mesmo presidente do Bariloche.
Sediada no Itaim Bibi, em São Paulo (SP), o Bariloche pertence a dois empresários do ramo de mineração: Haroldo Augusto Filho e Valdoir Slapak.
Em novembro do ano passado, os dois foram alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal na Operação Sisamnes, que investiga a venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ambos são donos do grupo econômico Fource. Como mostrou o Metrópoles, os dois aparecem em mensagens do celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023, em Cuiabá (MT).
O Bariloche Participações tem aportes de capital de um outro fundo, chamado Viena, da gestora Genial — que foi alvo da Carbono Oculto. O Viena reúne as características de um chamado “fundo caixa-preta”.
Este tipo de fundo é usado com frequência para ocultar patrimônio, como mostra uma série de reportagens do Metrópoles. Além do Cessna 560 XL, as outras aeronaves seriam um Cessna 525A; um Raytheon R390; e um Gulfstream G200.
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