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Vereadora mais votada é condenada em Maringá

Vereadora mais votada é condenada em Maringá

Vereadora em segundo mandato, Cris Lauer é diferenciada por ser polêmica e ter boa aceitação dos eleitores. Na primeira vez que foi eleita conseguiu 1,7 mil votos.

Pedro Ribeiro - terça-feira, 6 de maio de 2025 - 13:20

Em Maringá, a vereadora Cris Lauer (Novo), acaba de ser condenada por improbidade administrativa. A ação que foi movida pelo Ministério Público poderá resultar em cassação de mandato.


A sentença do juiz Marcio Augusto Matias Perroni da 1ª Vara da Fazenda Pública condena a vereadora a devolver aos cofres públicos R$ 19.638,02, custas do trabalho particular de um advogado que contratou para assessorá-la em seu gabinete na Câmara Municipal. A quantia a ser devolvida é majorada pela inclusão também de multa civil de valor equivalente, mais os valores de custas processuais, compondo um montante aproximado de R$ 40 mil.


Vereadora em segundo mandato, Cris Lauer é diferenciada por ser polêmica e ter boa aceitação dos eleitores. Na primeira vez que foi eleita conseguiu 1,7 mil votos. No ano passado, na reeleição, foi a mais votada da Câmara Municipal, com 7,5 mil. E isso foi conquistado ao longo de um mandato conturbado em que adotou como seu meio de comunicação com os eleitores, publicações ácidas pela Internet, criticando duramente a gestão do prefeito Ulisses Maia e mantendo uma rixa acirrada com o então presidente do legislativo, vereador Mário Hossokawa. Esteve inclusive próxima de ter o mandato cassado a pedido do PT, mas os vereadores preferiram, em última hora, não votar a cassação devido as suposições de que não teriam votos suficientes para tira-la da Câmara.


A decisão judicial foi encaminhada para o legislativo e tramitará para uma possível cassação de mandato e suspensão de direitos políticos. Por enquanto a assessoria da vereadora diz que ela está ocupada com outras pautas para se manifestar a respeito. Deverá falar somente na quarta-feira, após constituir defensor legal e definir uma linha de defesa.

Por Henri Jean Viana (Francês)

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