Os acidentes com mortes envolvendo caminhões aumentaram mais de 15% nas rodovias federais que cortam o Paraná. De acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal divulgados nesta semana, foram 164 mortes registradas no 1º semestre, contra 142 nos primeiros seis meses do ano passado.
Os sinistros com veículos de carga representaram 54% das 302 mortes nas rodovias federais do estado no mesmo período, segundo a PRF.
O relatório da corporação aponta que o número de acidentes com caminhões teve ligeira queda (5%), mas a gravidade das ocorrências aumentou. As batidas de frente continuam sendo o tipo de acidente mais letal, responsável por 44% das mortes – aumento de 22% em relação a 2024.
“Esses números preocupantes não significam que a culpa seja exclusivamente dos caminhoneiros. Apesar de esses profissionais receberem uma parcela maior de responsabilidade na segurança viária, pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), as causas dos sinistros de trânsito são multifatoriais. A segurança viária é responsabilidade de todos, inclusive de pedestres, ciclistas e motociclistas, sendo necessária a adoção de comportamentos defensivos e preventivos”, destaca a PRF.
Mais da metade das abordagens em rodovias federais no estado são voltadas a veículos de carga. De janeiro a junho, mais de 70 mil caminhoneiros foram fiscalizados.
A rodovia com maior registro de mortes foi a BR-277, com 37 óbitos. Mesmo sendo a mais extensa do estado, a densidade de mortes por quilômetro também é a maior. A rodovia é seguida pela BR-376 (20% do total) e pela BR-369 (14%). A BR-369 registrou aumento considerável de mortes, saltando 130%, de 10 para 23 óbitos.
Homens, com idade de 20 a 40 anos, são os que mais morrem em acidentes envolvendo caminhões. Apenas 33% dos mortos ocupavam os veículos de carga, os demais ocupavam outros veículos ou eram pedestres.
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