A Polícia Civil prendeu preventivamente uma engenheira ambiental por suspeita de fraudes em licenciamentos ambientais no Paraná. A captura aconteceu nesta quarta-feira (1º), em Curitiba.
A estimativa é de que a investigada, que atuava em um escritório privado, tenha obtido cerca de R$ 2 milhões com as fraudes.
A investigação teve início após auditorias internas e denúncias feitas pelo Instituto Água e Terra (IAT) sobre informações registradas pela engenheira no sistema informatizado de licenciamento ambiental órgão com o intuito de viabilizar dispensas de licenciamento ambiental.
“Apresentavam laudos falsos e documentos de pessoas já falecidas para tirar proveito, enganar. Indicavam que fariam uma obra de paisagismo para conseguir a dispensa do licenciamento, mas, na verdade, desmatavam em áreas de proteção ambiental”, explica a diretora de Licenciamento e Outorga do IAT, Ivonete Coelho da Silva Chaves.
O órgão ambiental notificou a Delegacia do Meio Ambiente sobre as fraudes, que identificou mais de 230 licenciamentos ambientais obtidos de forma irregular nos últimos cinco anos por meio do esquema.
Segundo o delegado Guilherme Dias, os licenciamentos fraudados possibilitaram a construção de condomínios em áreas de proteção ambiental, o transporte e descarte ilegal de resíduos e o desmatamento de áreas superiores a 300 mil metros quadrados. “Também foram identificados empreendimentos em reservas hídricas que colocariam em risco nascentes e o abastecimento de água da região de Curitiba”, afirma.
A engenheira ambiental foi encaminhada ao sistema penitenciário. Ela deverá responder pelos crimes de falsificação de documento público, inserção de dados falsos em sistema de informação, desmatamento da Mata Atlântica e fraude em licenciamento ambiental, junto com os proprietários das áreas danificadas.
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