Rodovias
Falta do cinto de segurança mata 35% das vítimas de acidentes em rodovias do Paraná
Foto: Divulgação/PRF

Falta do cinto de segurança mata 35% das vítimas de acidentes em rodovias do Paraná

Uso do dispositivo de segurança é obrigatório e eficaz na redução de mortes durante os acidentes de trânsito.

paranaportal - domingo, 1 de junho de 2025 - 13:26

A falta do uso do cinto de segurança foi a causa da morte de 35% das vítimas de acidentes de trânsito em rodovias do Paraná. Os dados constam em levantamento elaborado pela EPR Litoral Pioneiro, concessionária que administra trechos rodoviários entre Curitiba e o Litoral e dos Campos Gerais ao Norte Pioneiro.

O número é referente às ocorrências registradas entre dezembro de 2024 e março de 2025, período de maior movimentação nas rodovias, englobando as festas de fim de ano, férias de verão e Carnaval. O mapeamento indica que 35% das vítimas que não usavam cinto de segurança morreram nos locais dos acidentes. O uso do dispositivo de segurança é obrigatório.

“São dados que nos chamaram a atenção neste primeiro ano de operação viária de rodovias como a BR-277, que liga Curitiba ao Litoral, e entre os Campos Gerais e o Norte Pioneiro. Muitas dessas vidas poderiam ter sido salvas com um gesto simples: o uso do cinto de segurança.”, diz o gerente de Operações da EPR Litoral Pioneiro, Fernando Milléo.

Durante todo o mês de maio, a empresa realizou campanhas de conscientização para motoristas e passageiros, com foco na segurança viária.

No Código de Trânsito Brasileiro (CTB) está prevista a obrigatoriedade de utilização do cinto de segurança para todos os ocupantes dos veículos, inclusive no banco traseiro. Não utilizar o equipamento é uma infração de trânsito grave, com penalidade de multa no valor de R$ 195,23.

A professora da Escola Superior de Gestão Comunicação e Negócio da Uninter e doutora em Gestão Urbana, Rafaela Aparecida de Almeida, cita que diversas pesquisas indicam que chega a 50% o número de pessoas que não utilizam o equipamento, principalmente quando estão no banco traseiro dos veículos. “É um número bem expressivo”, comenta.

A especialista avalia ainda que a sensação de segurança pela presença de dispositivos como airbag nos veículos e até a impressão de que o cinto de segurança é desconfortável durante as viagens contribuem para o alto índice.

Entre os principais riscos estão lesões graves, arremesso do corpo para fora do veículo e ferimentos nos demais passageiros.

“Em muitas vezes o acidente não pode ser evitado, mas a fatalidade sim, se a pessoa estiver usando o cinto de segurança. Então precisa dessa maior conscientização”, reforça a especialista.

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