
Professor de escolinha de futebol de Curitiba é preso por estupro de vulnerável
Segundo a investigação, o suspeito realizava massagens nos alunos nus e aproveitava para praticar os crimes
Um professor de uma escolinha de futebol do bairro Alto Boqueirão, em Curitiba, foi preso preventivamente pelos crimes de estupro de vulnerável e importunação sexual nesta terça-feira (11). O homem de 60 anos foi localizado em Guaratuba, no Litoral do Paraná.
De acordo com a Polícia Civil, ele era investigado pela prática dos crimes contra alunos menores de idade, entre eles, uma criança de 11 anos com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). Todos frequentavam a escolinha de futebol e relataram que eram abusadas física, emocional e sexualmente pelo professor.
O delegado Rodrigo Rederde explica que o homem é suspeito de importunação sexual contra quatro vítimas e estupro de vulnerável contra uma.
“Ele atraía essas crianças e adolescentes, com idades entre 13 e 14 anos, até sua residência para em tese fazer uma massagem e melhorar o desempenho na prática do futebol. No entanto, por exemplo, em uma situação específica, ela [vítima] argumentou que ele pegou na genitália, na parte íntima da criança e veio a consumar o estupro de vulnerável”, conta o delegado.
“Todas as situações são semelhantes. Não existe conjunção carnal. No entanto, as vítimas ficavam extremamente vulneráveis uma vez que estavam na residência do suposto autor”, completa Rederde.
No Brasil, o crime de estupro de vulnerável, conforme definido no artigo 217-A do Código Penal, não requer a presença de penetração para que o ato seja considerado crime. A legislação abrange qualquer ato libidinoso realizado com uma pessoa que não tem capacidade de consentir, seja por questões de idade (menores de 14 anos) ou por deficiência mental.
Investigação contra o professor de uma escolinha de futebol
O primeiro caso foi denunciado à polícia depois que a mãe de um dos alunos foi carregar o celular do filho e percebeu uma mensagem de cunho sexual.
Na mensagem, o professor pedia para que o jovem fosse até a casa dele após o treino. Uma outra mãe disse à reportagem que o filho de 14 anos foi levado até casa do professor para uma massagem em uma sala preparada para a prática, onde outros jovens também eram levados para esse ambiente e tinham que ficar sem roupas.
“Todos os meninos fazem essa massagem lá na escola, parece que é uma coisa normal. Eu até fiquei assustada, e não foi na escolinha de futebol, foi na casa do técnico. Ele tem um espaço e curso de massoterapia. Ele levou meu filho nesse espaço, só tava ele e meu filho, e falou para meu filho tirar a roupa e deixar na maca que ele iria fazer a massagem”, relata a mãe.
O homem é suspeito de enviar fotos das partes íntimas aos jovens e realizar massagens com os alunos sem roupas na própria casa e no centro de treinamento. Uma das mães relatou que o filho de apenas 11 anos chegou em casa chorando depois do treino. Durante uma conversa com a criança, foi constatada a prática de importunação sexual.
“Ele chegou num pós-treino e percebi ele uma criança quieta, e começou a chorar. Eu questionei o que havia acontecido, e ele falou que eu não iria gostar o que ele tinha pra me falar, porque tinha levado ele para uma salinha e começou a fazer algumas perguntas. Se meu filho já sabia usar a minhoquinha (sic) dele, se já sabia ou se alguém já tinha ensinado ele a se masturbar. Eu não sei se teve algo a mais que meu filho não quis falar, ele estava com muita vergonha”, detalha.
*Com BandNews Curitiba
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