
Panela de pressão prestes a explodir no Centro Cívico
Corte do Executivo nos repasses aos poderes legislativo e judiciário pode se transformar em guerra surda e muda.
A luz vermelha acendeu em parte do Centro Cívico e do seu entorno nesta terça-feira (22), quando a Assembleia Legislativa analisou a LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias – enviada pelo Executivo para o ano de 2026. O documento veta a aumento de repasse de recursos aos demais poderes – Tribunal de Contas, Ministério Público e Tribunal de Justiça.
Os burburinhos, embora sem protestos oficiais, pode se transformar em um debate à portas fechadas com ameaças de todos os lados. O contra-ataque virá em forma de retaliações, principalmente no Tribunal de Contas, órgão que, efetivamente, fiscaliza as contas do Poder Legislativo.
Governo anuncia investimentos recordes para 2026
Em análise na Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2026 prevê uma receita total de R$ 82,9 bilhões — um aumento de 5,3% em relação ao orçamento deste ano, que é de R$ 78,7 bilhões. Para as despesas, a proposta também prevê um total de R$ 82,9 bilhões.
O documento delimita as metas e prioridades do Poder Executivo para o próximo ano fiscal e serve como guia para a elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).
Ainda conforme o documento enviado ao Legislativo, o Paraná projeta um total de R$ 6,6 bilhões para serem aplicados ao longo de 2026. O valor é o maior já projetado pelo Estado, superando em quase 5% o total orçado para 2025, que é de R$ 6,3 bilhões.
O PLDO destaca ainda as metas fiscais que o Paraná deverá alcançar até o fim de 2026. Entre elas está o resultado primário, que corresponde à diferença entre a arrecadação e os gastos do Estado, sem considerar a Previdência. Neste caso, a estimativa é que o Paraná alcance um resultado positivo de R$ 2,9 bilhões.
O texto também delimita os recursos destinados aos outros Poderes, sendo 5% ao Poder Legislativo, sendo 1,9% ao Tribunal de Contas, 9,5% ao Poder Judiciário, 4,2% ao Ministério Público e R$ 148 milhões para a Defensoria Pública. Ele também autoriza o Poder Executivo a abrir créditos suplementares nos orçamentos.
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