Cidades
Ilha do Mel sofre com descarte do lixo asiático
Foto: Paraná Portal

Ilha do Mel sofre com descarte do lixo asiático

Todo esse lixo marinho, que vem de fora, desemboca como um funil de descarte, boiando nas praias da Ilha do Mel.

Pedro Ribeiro - segunda-feira, 19 de maio de 2025 - 11:06

O lixo asiático vem surfando nas ondas do Oceano Atlântico e estacionando na costa brasileira. Primeiro, desembarca em águas nordestinas e, após oito dias, chega na nossa paradisíaca Ilha do Mel, se infiltrando por entre rochas, grotas e embaixo de pequenas pedras, derramando impureza e afetando o ecossistema.

No ano passado, foram retiradas 150 toneladas desse lixo, a maioria composto por plástico, do litoral brasileiro. “Esse lixo marinho, que vem de fora, desemboca como um funil de descarte, boiando nas praias da Ilha do Mel”, lamenta o ecologista diretor da Eco Local Brasil, Filipi Oliveira.

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Em 20 minutos, uma dezena de voluntários da Eco Local Brasil retiram uma grande quantidade de entulhos encrostados nas rochas da Praia de Fora, aos pés do Farol da Ilha do Mel. Como soldados, homens e mulheres saíram com sacos e baldes para recolher o lixo marinho.

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Oliveira ressalta que esse lixo marinho, que vem de países asiáticos e da Costa Africana são, na sua maioria, garrafas pets e descartados por navios. Os moradores e turistas da Ilha do Mel não geram lixo, pelo contrário, há uma consciência de preservação e manutenção da limpeza em toda sua extensão.

A Eco Local Brasil, além de recolher todo esse lixo, também faz reciclagem do mesmo, transformando em produtos sustentáveis para atender o mercado. Fernando Santos, proprietário da Pousada Treze Luas, um dos voluntários na catação, disse que compra bancos e cadeiras feitas com esses produtos que tem mais durabilidade e não polui. Além de bancos, são fabricados, também, calçados, tampas de bueiro e até tijolos.

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Oliveira lamenta que as autoridades ligadas à preservação do meio ambiente “não ligam para o problema que a cada ano vem se transformando em um pesadelo em águas brasileiras. Ainda bem que, aqui na Ilha do Mel, todos estão ligados a esse problema e os moradores fazem a sua parte”.

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