A inflação desacelerou em maio e Curitiba e Região Metropolitana encerraram o mês com índice de 0,30%, de acordo com a Fecomércio PR. O Brasil registrou 0,26% de inflação no mesmo período.
Conforme o levantamento nacional, o grupo Habitação foi o principal responsável pelo aumento do IPCA no mês, com variação de 1,19%. O avanço foi influenciado pela adoção da bandeira tarifária amarela, que adicionou R$ 1,885 à conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Como resultado, a energia elétrica residencial subiu 3,62% e teve o maior impacto individual no índice nacional de maio.
Já o grupo Alimentação e bebidas, o de maior peso no índice, desacelerou de 0,82% em abril para 0,17% em maio. A alimentação no domicílio teve queda ainda mais acentuada, passando de 0,83% para apenas 0,02%. Contribuíram para esse resultado as quedas nos preços do tomate (-13,52%), do arroz (-4,00%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%).
Em 12 meses, o IPCA geral acumulou inflação de 5,32% na economia brasileira e de 5,23% em Curitiba e Região Metropolitana, superando o teto da meta de inflação, fixado em 4,50%.
“A inflação segue resiliente e deverá encerrar o ano de 2025 ainda acima do limite da meta. Com esse cenário, a política monetária tende a permanecer restritiva por mais tempo”, avalia o economista e assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi.
Inflação em Curitiba e região
Em Curitiba e Região Metropolitana, os produtos com maiores altas em maio em comparação ao mês anterior foram a cebola (+17,28%), batata-inglesa (+8,01%), manga (+6,12%), patinho (+4,46%), correio (+3,92%), alcatra (+3,83%), e milho verde em conserva (+3,64%).
Segundo Dezordi, a inflação nos preços da batata e do tomate é consequência da entressafra, mas a tendência é de queda ao longo do ano.
Já entre os itens que mais recuaram no mês estão o tomate (-17,33%), passagem aérea (-10,13%), melão (-8,15%), feijão preto (-7,63%), laranja-pera (-5,47%), e azeite de oliva (-4,05%).
“A inflação das frutas perdeu força em maio, com expectativa de continuidade dessa desaceleração. Destaca-se também a queda no preço do azeite, reflexo da recuperação da produção mundial”, observa o economista.
Fique por dentro das notícias do Paraná
Assine, de forma gratuita, o canal de WhatsApp do Paraná Portal. Clique aqui.